Poucos meses após o lançamento do primeiro ETF de criptomoedas na bolsa de valores brasileira — o HASH11, em maio deste ano —, o mercado nacional já está abrindo as portas para mais quatro novos fundos que prometem movimentar mais o mundo dos investimentos no Brasil.
Com a chegada à B3 dos fundos QBTC11, BITH11, ETHE11, e QETH11, agora o investidor nacional pode ter exposição às variações dos principais ativos digitais do planeta e, consequentemente, a todo o potencial de benefícios e riscos que eles acarretam.
Neste artigo vamos falar sobre o que são os ETFs de Criptomoedas e quais são os bônus e ônus de investir neste tipo de fundos. Fique conosco e saiba mais!
O que é um ETF?
Um ETF, ou Exchange Traded Fund (pelas suas siglas em inglês), é um grupo de títulos no qual você pode investir e diversificar a sua carteira. Ou, de forma mais simples, podemos considerá-lo um fundo que integra uma espécie de condomínio de investidores que aplicam seu capital de forma conjunta.
Por exemplo, imagine que você gostaria de ter exposição a todo o mercado de ações. Hoje, existem diversos índices de mercado que refletem o mercado de ações na sua totalidade, como o Ibovespa, por exemplo. Mas poucos investidores teriam os fundos disponíveis para comprar ações na maior parte das empresas deste índice. Em vez disso, eles podem investir em um ETF que detém títulos de capital negociados pelo Ibovespa, e que rastreia — e replica — os preços deste índice de forma precisa.
Embora os ETFs sejam mais baratos, eles são criados como fundos mútuos, de gestão passiva, cujas taxas de administração são mais baixas. Esses ETFs são negociados na bolsa de valores como ações, e a sua importância reside no acesso que eles oferecem aos investidores para aplicar os seus recursos em certo tipos de ativos financeiros aos quais normalmente não teriam acesso.
Como funcionam os ETFs de criptomoedas?
As criptomoedas são um sistema de pagamento digital que não depende dos bancos para verificar as transações. Trata-se de um sistema descentralizado, peer-to-peer, que pode permitir que qualquer pessoa em qualquer lugar possa enviar e receber pagamentos.
Em vez de utilizar dinheiro físico que é transportado e trocado no mundo real, os pagamentos em criptomoedas existem puramente como entradas digitais para um banco de dados on-line que descreve transações específicas, e esses dados são codificados.
Semelhante aos fundos tradicionais negociados em bolsa, que representam um índice ou um grupo de ações focado em um produto ou serviço específico, os ETFs de criptomoedas rastreiam o valor de um índice de uma ou mais criptomoedas.
Em vez de negociar em conjunto com outras criptomoedas na blockchain, esses ETFs são negociados na bolsa de valores.
Nos ETFs tradicionais, o provedor do fundo deve possuir os ativos subjacentes que estão rastreando a fim de vender ações a investidores que compram uma parte do fundo. No entanto, os acionistas não são proprietários desses ativos.
De igual forma, os fornecedores da criptomoeda atrelada ao ETF devem possuir um token digital como o Bitcoin ou o Ethereum, por exemplo, a fim de proporcionar aos potenciais acionistas a oportunidade de investir nos mesmos, como uma ação na bolsa.
Quais são as vantagens e desvantagens dos ETFs de criptomoedas?
Principais vantagens:
Uma das maiores vantagens que oferecem os ETFs de criptomoedas são as facilidades que pessoas físicas ou jurídicas podem ter na hora de investir seu capital neste tipo de fundos.
Os ETFs podem ser vendidos, comprados e mantidos utilizando contas de corretagem tradicionais, e não requerem a criação de uma carteira digital, como é o caso das transações por meio da blockchain.
Também, os ETFs de criptomoedas são emitidos por empresas regulamentadas, o que reduz o risco de fraude ou escândalos associados a investimentos em criptomoedas, pois a origem da mesma passa a ser clara.
Esse tipo de ETFs possuem um grupo de títulos de criptomoedas diferentes, e não apenas de uma, o que possibilita a diversidade nos investimentos e minimiza o impacto da perda se o preço de uma criptomoeda específica cair.
Principais desvantagens:
Os ETFs de criptomoedas não tornam o acionista dono de uma criptomoeda. Isto impõe algumas limitações ao uso da mesma. Por exemplo, os investidores não são capazes de trocar seu Bitcoin por um Ethereum e vice-versa.
Também, ao investir em ETFs de criptomoedas, os indivíduos não poderão beneficiar-se do sistema financeiro descentralizado proporcionado pela blockchain, como a quase total privacidade das transações.
Além disso, as taxas de administração dos ETFs de criptomoedas são consideradas altas em comparação às ETFs normais, o qual deve ser levado em conta na hora de alocar recursos neste tipo de investimento.
E, por fim, é importante ter em conta que as criptomoedas estão sujeitas a extrema volatilidade de preços. Por isso, os ETFs deste tipo possuem um maior risco em comparação a outros ETFs, devido à volatilidade do preço do ativo subjacente.
Afinal, é rentável investir em ETFs de criptomoedas?
Todo investimento está atrelado a certo nível de risco, e depende totalmente de você decidir qual é o limite de volatilidade que você consegue resistir nos seus investimentos, de acordo com a sua estratégia a médio e longo prazo.
Quando trata-se de criptomoedas, muitas vezes realizar uma compra direta desses ativos acaba sendo interessante para aqueles que possuem uma ampla base de conhecimento a respeito. Contudo, se você quer entrar pela primeira vez no mundo das criptomoedas, investir em ETFs deste gênero podem contribuir muito para a sua segurança e diversificação de carteira.
Faça decisões bem informadas e avalie quais criptomoedas funcionam melhor para você, para posteriormente entender como este investimento poderá contribuir para o desenvolvimento da sua carteira ao longo prazo.
Espero que este artigo tenha sido útil para você.
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