Você sabe como investir em ETFs?
Sabe como funcionam os fundos de índice e como esses ativos podem ajudar os investidores a diversificarem suas carteiras?
Neste artigo, eu vou explicar tudo o que você precisa saber para começar a investir em ETFs.
Depois de ler este artigo, você terá uma boa compreensão desse assunto, podendo aplicar os conhecimentos de imediato, se assim desejar.
Além disso, também vou explicar quais são as vantagens e desvantagens de se investir em ETFs, e também mostrar outras características desse ativo.
Então continue lendo esse artigo para dominar tudo sobre o assunto.

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O QUE É ETF?

A sigla ETF é a abreviação de Exchange Traded Fund.
Em essência, o ETF nada mais é do que um fundo de investimento listado em bolsa de valores.
Exatamente como se fosse uma empresa de capital aberto, com seu código e cotação variando minuto-a-minuto.
Diferentemente de um fundo de investimento normal, a carteira de um ETF reflete um determinado indicador financeiro (e eu já vou explicar melhor esse ponto).
Por isso, eles podem ser chamados também de fundos de índice.
Vamos a um exemplo para facilitar o entendimento:
Um dos ETFs mais negociados na bolsa de valores brasileira é o BOVA11.
“BOVA11” é o nome do fundo iShares Ibovespa Fundo de Índice.
Como o nome sugere, esse ETF espelha o chamado Índice Bovespa ou Ibovespa.
Isso significa que a sua carteira é composta com exatamente os mesmos ativos (e proporções) da carteira teórica do Ibovespa.
O objetivo?
Refletir, com a maior fidelidade possível, o resultado de seu referencial.

ETFs no Brasil e Estados Unidos

No Brasil, o mercado de ETFs ainda é bastante recente.
O primeiro foi lançado em 2004 e, por conta disso, poucos fundos ainda estão listadosatualmente são 15.
Por isso, é normal assumirmos que o mercado de ETFs ainda é pequeno por aqui.
Mas tende a expandir com o tempo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os ETFs já existem desde 1993 e são quase 2 mil fundos listados.
A quantidade de empresas de capital aberto é uma das origens dessa diferença.
No Brasil, o número de companhias com papéis sendo negociados não chega a 400.
Nos Estados Unidos, esse número ultrapassa a casa dos 5 mil.

COMO FUNCIONA O ETF?

Como qualquer fundo listado em bolsa, o ETF precisa ser gerido e administrado por uma empresa.
Isso significa que há alguém por trás das decisões de compra e venda de cada ativo que compõe a carteira desse fundo.
Porém, os ETFs têm como uma das principais características a gestão passiva.
Lembra que eu comentei que o objetivo do ETF é refletir um índice?
Pois é.
Justamente por isso, tudo o que o gestor precisa fazer é comprar e vender ativos de forma a refletir as exatas mesmas posições do referencial, sem que haja um trabalho de análise por trás das decisões.
Isso é o que comumente é chamado de “gestão passiva”.
E por conta da gestão passiva e, também, do objetivo da rentabilidade do fundo ser a mais aderente possível ao indicador de referência, a taxa de administração dos ETFs é baixa.

Os ETFs disponíveis B3

A bolsa de valores brasileira, atualmente, possui 15 ETFs listados.
Eles são (nome – código):

RENTABILIDADE DOS ETFs

Como os ETFs são fundos de índice, a rentabilidade está relacionada ao índice de referência.
Isso significa que o retorno está associado ao desempenho do índice na bolsa de valores.
Porém, como qualquer ativo de renda variável, não é possível prever a rentabilidade, que pode depender de diversos fatores.
Além disso, retorno passado não é garantia de retorno futuro.
Entretanto, é interessante analisar o desempenho histórico dos ETFs para entender como eles performaram no passado.

Rentabilidade dos 10 maiores ETFs em 2017

  • (ETF – rentabilidade)
  • SMAL11 – 49,03%
  • BBSD11 – 46,36%
  • MATB11 – 35,66%
  • BRAX11 – 27,21%
  • PIBB11 – 27,18%
  • GOVE11 – 27,10%
  • BOVV11 – 27,03%
  • BOVA11 – 26,55%
  • XBOV11 – 25,92%
  • FIND11 – 25,91%

Vale ressaltar que, para esse mesmo período, o Índice Bovespa teve como rentabilidade 26,86%.
Como podemos ver, os ETFs espelhados nesse referencial tiveram um retorno bastante parecido (entre si e com o índice).
Esse é o caso do BOVV11 (27,03%), BOVA11 (26,55%) e XBOV11 (25,92%).

VALE A PENA INVESTIR EM ETFs?

Para ajudar a responder essa pergunta, listo abaixo as vantagens e desvantagens que eu enxergo nos ETFs.

Vantagens

Diversificação

Ao comprar um ETF, o investidor está comprando uma cesta com dezena de ações.
Isso diminui o risco do investimento e proporciona uma grande diversificação.
Trata-se de algo bem diferente de investir em uma ou poucas ações diretamente.
Se as empresas nas quais o investidor colocou dinheiro apresentarem resultados ruins, toda a carteira tende a sofrer o mesmo impacto.

Baixo custo

A taxa de administração para ETFs é relativamente baixa quando comparada a outros fundos.
Ela gira em torno de 0,2% ao ano.
Para outros fundos, é normal encontrarmos taxas que variam entre 2% e 3%.

Economia de tempo

Ao adquirir um ETF, o investidor não gasta tempo analisando ação por ação.
Ele também não precisa avaliar o gestor do fundo já que a estratégia é apenas espelhar o desempenho de um índice.
Portanto, poupa-se tempo com atividades que teriam que ser realizadas pelo investidor.

Reinvestimento automático de dividendos

O investidor não precisa decidir o que fazer com os dividendos no caso dos ETFs.
Eles são automaticamente investidos na compra de mais ativos da categoria, de acordo com as regras do fundo.
Esse é outro aspecto que também acaba favorecendo a economia de tempo.

Desvantagens

Baixa inteligência na composição da carteira

Embora a gestão refletindo um índice proporcione economia de tempo, a gestão individualizada de ativos pode trazer resultados melhores.
Ainda mais se você seguir uma boa estratégia de investimentos, como a que eu explico nesse artigo.

Sem benefício tributário

Diferente do que acontece com ações, o investidor não tem isenção de Imposto de Renda para vendas de ETFs que não ultrapassem R$ 20 mil.
Para os fundos de índice, a alíquota é sempre de 15% sobre os lucros obtidos.

Liquidez

Como o mercado de ETFs no Brasil ainda é muito pequeno, a questão da liquidez é um detalhe a ser observado.
Embora alguns ETFs mais “famosos” tenham uma boa liquidez, muitos ainda sofrem com esse problema.
Especialmente quando comparado aos Estados Unidos, a quantidade de negociações dos fundos de índice é baixa.

COMO INVESTIR EM ETFs?

Agora que entendemos as vantagens e desvantagens de se investir em ETFs, chegou a hora de aprendermos como investir nesse tipo de ativo.
Quem já investe em ações através da bolsa de valores não vai encontrar dificuldade aqui.
Afinal, estamos falando exatamente do mesmo processo.
Os fundos de índice são negociados no mesmo ambiente das ações de empresas de capital aberto.
O que o investidor precisa fazer é, basicamente, seguir 4 passos:

Passo 1 – Abrir uma conta em uma corretora de valores

Para comprar ETFs na bolsa de valores, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora de valores.
Essa é aquela empresa que faz o meio de campo entre nós e os ativos negociados na bolsa.
Também é a corretora que disponibiliza o home broker, plataforma que utilizamos para emitir as ordens de compra e venda de papéis.

Passo 2 – Escolher um ETF para investir

Este segundo passo provavelmente é o mais importante.
É aqui que está a inteligência do processo.
Porém, como esse é um tema que renderia um artigo somente para ele, não quero me alongar muito.
Digo apenas que é preciso ter uma estratégia documentada e segui-la rigorosamente para ter sucesso no mercado financeiro.
É esse documento que o ajudará a tomar as melhores decisões na hora de comprar e vender todos os ativos, inclusive os ETFs.

Passo 3 – Enviar dinheiro para a corretora

Os dois últimos passos é o que eu costumo chamar de parte operacional.
Digamos que é a “parte simples” (mas não fácil) do processo.
Depois de decidir qual ação comprar, você precisa enviar dinheiro para a sua corretora de valores na sua conta criada por lá.
Caso você já tenha saldo suficiente nessa conta, esse passo é dispensável.
Porém, é essencial ter dinheiro nessa conta para conseguir comprar os ETFs.

Passo 4 – Enviar a ordem de compra através do home broker

Por fim, o passo final (e ainda operacional) é emitir a ordem de compra do papel que você deseja adquirir no home broker da corretora.
No caso dos ETFs, é preciso procurar o fundo pelo seu código, ajustar o preço de compra, a quantidade desejada e enviar o seu pedido.
Se houver um vendedor negociando o ativo pelo mesmo preço que você está pedindo, a sua ordem será executada e você passará a ser dono desse ETF.

CONCLUSÃO

E assim chegamos ao fim de mais um artigo aqui do Clube do Valor.
Nos últimos parágrafos, tentei te apresentar um conteúdo completo sobre o assunto.
E você já conhecia todos esses detalhes sobre os ETFs?
Compartilhe com a gente a sua contribuição no campo dos comentários!
E, caso você queira aprender os 3 segredos para ter sucesso no mercado de ações, recomendo fortemente que você baixe este nosso ebook.
Esse é um material excelente e que pode verdadeiramente te ajudar a dominar a bolsa de valores.
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Eu vou ficando por aqui.
Forte abraço,
Ramiro Gomes Ferreira.