O rápido crescimento que as ações da Magazine Luiza (MGLU3) atingiram nos últimos anos tem chamado a atenção dos investidores na Bolsa de Valores. Com mais de seis décadas de atuação no mercado varejista, a empresa tem se destacado como uma opção bastante interessante para aplicação em renda variável.
Cada vez mais focada em um amplo portfólio de produtos, fundamentalmente por meio de seu marketplace e de outros serviços, a empresa encontra-se no seu mais alto patamar das últimas décadas, chegando a ser considerada atualmente a sexta maior companhia da Bolsa, com um valor maior do que R$ 116 bilhões.
Neste artigo, vamos explicar como se deu a valorização exponencial da Magazine Luiza através dos anos e qual é a nossa opinião sobre investir ou não nessas ações. Veja mais!
Histórico da empresa
A história da varejista começou em 1957, como uma loja de presentes estabelecida em Franca, no interior de São Paulo.
Durante os anos, a empresa foi marcada por ciclos bem definidos. No entanto, a expansão da companhia só iniciou duas décadas após a sua fundação. Em 1976 a empresa adquire as Lojas Mercantil, e a partir desse momento inicia uma potente evolução comercial. Essa estratégia possibilitou posteriormente a abertura das primeiras filiais na região, assim como uma maior diversificação dos produtos oferecidos.
Em 1991, Luiza Helena Trajano assume a presidência da companhia, moldando o seu perfil estratégico e tornando-a mais próxima da que conhecemos na atualidade. Na época, os acionistas começaram a ser organizados na holding LTD, e priorizou-se aos poucos o investimento na inovação, possibilitando a informatização das suas lojas com a explosão da World Wide Web.
Nove anos depois, a Magazine Luiza lançou oficialmente um site próprio para comercialização de seus produtos, o qual tornou a empresa uma das pioneiras do e-commerce no País.
Já com uma maior abrangência nacional, em 2011 a companhia entrou finalmente na Bolsa de Valores em 2011, e a chegada da Magazine Luiza na B3 transformou-a numa referência de crescimento no país, aumentando seu valor de mercado.
Contudo, eventualmente a crise econômica de 2014 atingiria fortemente a empresa. E entre 2011 e 2015, a MGLU3 chegou a se desvalorizar em até 93,52%.
E o ciclo da transformação digital chegou. Em 2015, muitas empresas de todo o planeta viraram seus processos maioritariamente para o mundo digital, priorizando a experiência virtual do consumidor. O Brasil não ficou para trás.
Nesse mesmo ano, a varejista lançou seu próprio aplicativo para celular Magalu, com o fim de personalizar a experiência do usuário e facilitar as compras online, o qual aumentou, de fato, o engajamento dos novos consumidores, disparando as vendas.
E nos últimos anos não parou de crescer. A Magalu não parou de investir em inovação e passou a comprar empresas que possibilitaram tornar as suas operações cada vez mais digitais e multiplicar os produtos oferecidos.
Hoje, a lista de aquisições da Magazine Luiza abrange desde empresas de varejo eletrônico, como Estante Virtual, Netshoes e Época Cosméticos, até sites especializados na produção de conteúdo, como Canaltech, Jovem Nerd e Steal The Look.
Ações da Magazine Luiza
A Magazine Luiza possui ações ordinárias que são negociadas na bolsa sob o código (MGLU3).
Essas ações da empresa conferem aos detentores o direito a voto em assembleias, ou seja, possibilita o direito de participação dos acionistas nas tomadas de decisões da empresa.
De igual forma, os investidores que colocam o seu capital na Magazine Luiza possuem o direito ao recebimento de proventos, que são distribuídos pela companhia em forma de Juros sobre Capital Próprio ou Dividendos.
Valorização da empresa
As ações da MGLU3 tiveram um salto muito significativo na sua valorização nos últimos anos. Somente entre o período de 2016 a 2019, esse crescimento atingiu mais de 18.000%, tendo uma das maiores altas da B3 na atualidade.
Hoje, o preço alvo estabelecido por grande parte dos analistas para as ações do Magazine Luiza é R$26,00, sendo que o banco Safra chegou a realizar a classificação de compra para Magazine Luiza (MGLU3) com preço-alvo de R$32 em maio deste ano.
Durante a pandemia, o valor das ações da MGLU3 chegou a cair, como aconteceu com grande parte das empresas dos mais diversos setores do mercado, sendo valorizada em R$14,60 em fevereiro de 2020, e caiu para menos de R$7,00 em março desse mesmo ano.
Mas, apesar disso, o aumento das vendas de e-commerce durante o período de quarentena também fizeram com que a empresa tivesse uma recuperação rápida e estável. Inclusive, ao final do ano passado, sua valorização já tinha atingido R$25,00 por ação.
Participação na Ibovespa
Como já comentamos anteriormente, a Magazine Luiza é uma empresa small cap, mas, além disso, ela também faz parte do índice Ibovespa. Esse indicador, que é mais conhecido como IBOV, é considerado a referência da bolsa de valores brasileira, já que representa o desempenho das ações mais negociadas nela.
Como os resultados do IBOV funcionam como uma espécie de medidor do desempenho do mercado, o indicador também serve como benchmark para os investidores, agindo como referência para entender o desempenho das carteiras de investimentos.
Dividendos da MGLU3
Um dos maiores atrativos do investimento nas ações da Magazine Luiza — em conjunto com o lucro obtido através da venda de ativos por um preço maior que o de compra — são os dividendos distribuídos pelas ações..
Para recompensar os seus investidores, assim como para atrair um maior capital futuro e valorizar as suas ações no mercado, as empresas utilizam a distribuição de dividendos e Juros sobre Capital Próprio com uma periodicidade específica.
Segundo o Estatuto Social da Magazine Luiza, o pagamento de dividendos pela empresa é obrigatório aos acionistas, e deve ser de ao menos 15% sobre o lucro líquido da companhia, pelo qual podemos considerar que as ações da varejista costumam gerar bons dividendos para seus acionistas.
É interessante destacar que apenas entre 2017 e 2020, a MGLU3 rendeu aos seus investidores um crescimento maior do que 6000% de suas ações.
Afinal, vale a pena investir nas ações da Magazine Luiza?
Agora vem a pergunta que não quer calar: Será que vale a pena investir nas ações MGLU3?
Bom, considerando o que falam especialistas do mercado, é possível afirmar que a tendência futura é que a Magalu foque em mais investimentos e aquisições de empresas de diversos setores nos próximos anos, com estimativa de crescimento anual de ao menos 20%.
Hoje é possível considerar as ações dessa empresa como caras, em comparação com as de outras empresas que podem ser igualmente rentáveis e com um custo muito mais razoável. Contudo, ainda é possível receber bons retornos dessas ações.
Aqui, no Clube do Valor, aconselhamos que você decida sempre tendo em conta o seu plano de investimento e as suas expectativas de longo prazo.
Gostou do nosso conteúdo? Então leia o nosso artigo sobre dividendos e entenda mais sobre o que são, como são calculados e como você pode viver deles!