Os ciclos econômicos se referem às mudanças que ocorrem nos principais indicadores do desempenho da economia, como a taxa de crescimento do PIB, o desemprego, os preços, a oferta de crédito e outros fatores. Essas oscilações sucessivas, cada uma com sua própria tendência, frequência e amplitude, são essenciais para entender o desenvolvimento de uma economia ao longo do tempo.
Neste artigo, iremos falar sobre os principais ciclos econômicos brasileiros, como os fatores externos os influenciaram e quais as melhores estratégias de investimento para cada fase dos ciclos. Boa leitura!
Definição de ciclo econômico
Um ciclo econômico é um movimento cíclico nos principais indicadores de desempenho da economia, como o crescimento do PIB, o desemprego, os preços e a oferta de crédito. Essas oscilações regulares, que estão relacionadas aos ciclos de produção e gastos, criam oportunidades para setores específicos e dificuldades para outros.
Fases do ciclo econômico
O ciclo econômico é geralmente dividido em quatro fases distintas:
- Expansão;
- Auge;
- Declínio;
- Depressão.
Durante a fase expansiva, a economia começa a se recuperar, o PIB cresce, a taxa de desemprego diminui e os preços e os salários aumentam. Na fase de auge, o PIB atinge seu pico, a taxa de desemprego é a mais baixa possível, os preços são altos e os salários aumentam.
Durante a fase de declínio, o PIB começa a cair, a taxa de desemprego aumenta, os preços e os salários começam a cair e a economia começa a encolher. Por último, durante a depressão, o PIB é o mais baixo possível, a taxa de desemprego é a mais alta possível, os preços e os salários são muito baixos e a economia está paralisada.
Histórico dos ciclos econômicos no Brasil
Muitos fatores influenciaram os ciclos econômicos que ocorreram no Brasil. Nos últimos séculos, o país tem experimentado períodos de crescimento econômico intercalados com recessões.
Período pré-industrialização
O Brasil passou por várias fases de desenvolvimento econômico antes da industrialização. Durante a era colonial, o país tinha uma economia baseada na agricultura, pecuária e mineração. O café, o açúcar e o algodão eram alguns dos principais produtos exportados. Estas exportações geraram renda para o país, mas não contribuíram para o crescimento econômico.
Era da industrialização
A industrialização do Brasil começou nos anos 30. O presidente Getúlio Vargas implementou o Plano de Metas, que foi desenvolvido para impulsionar o crescimento econômico. O plano incluía investimento em infraestrutura e empresas estatais para gerar empregos. Houve também investimento em pesquisa e desenvolvimento para melhorar a produção industrial. O crescimento econômico foi incomparavelmente mais rápido durante este período.
Plano real e estabilização econômica
O Plano Real foi implementado em 1994 com o objetivo de estabilizar a economia brasileira. O plano estabeleceu uma taxa de câmbio flutuante vinculada ao dólar e reduziu as taxas de juros, o que impulsionou o investimento e a importação. Durante este período, o desemprego diminuiu e a renda das famílias aumentou. Esta estabilização econômica deu início a um período de crescimento econômico relativamente estável.
Boom das commodities e crise econômica
A economia brasileira experimentou um boom na década de 2000, devido ao aumento dos preços das commodities. A exportação de café, soja, petróleo e minério de ferro geraram grande receita ao país. No entanto, os preços das commodities caíram drasticamente em 2014, como resultado da desaceleração da economia global. Esta queda nos preços das commodities desencadeou uma crise econômica no Brasil, que causou um aumento no desemprego e uma diminuição da renda das famílias.
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Influência de fatores externos nos ciclos econômicos
A natureza internacional dos negócios e a economia globalizada significam que os ciclos econômicos do Brasil estão sujeitos a fatores externos. Grandes mudanças nas tarifas, no comércio e na política internacional podem ter um grande impacto sobre a economia brasileira.
Política internacional
A política internacional pode exercer uma forte influência sobre o desempenho econômico do Brasil. Por exemplo, quando os Estados Unidos impuseram tarifas aos produtos brasileiros, isso levou a uma desaceleração na economia brasileira devido a uma diminuição nos pedidos externos. De forma similar, a economia brasileira sentiu os efeitos da subida de juros recentes no país americano.
Preços de commodities
Os preços das commodities também têm um grande impacto na economia brasileira. Por exemplo, quando os preços das commodities caem, isso geralmente significa que as exportações brasileiras perdem valor. Isso pode ter um impacto significativo na economia brasileira, pois é uma das principais fontes de receita brasileira.
Por ser um país em desenvolvimento, o Brasil é bastante dependente de exportação de commodities, sendo um importante parceiro de outros países. Por isso, quando há valorização deste tipo de ativo, como ocorreu no boom das commodities, nosso país tende a colher bons frutos.
Taxas de juros internacionais
As taxas de juros internacionais também têm um grande impacto sobre os ciclos econômicos brasileiros. Quando as taxas de juros internacionais são altas, normalmente isso significa que os investimentos estrangeiros são desencorajados, o que pode levar a uma desaceleração na economia brasileira. Além disso, as altas taxas de juros internacionais também desencorajam o investimento doméstico, o que também pode ter um efeito negativo sobre a economia brasileira.
Estratégias de investimento em diferentes fases do ciclo
Ao compreender as diferentes fases do ciclo econômico e como elas se relacionam com os fatores externos, é possível analisar qual estratégia de investimento é mais adequada para cada fase do ciclo.
Diversificação de portfólio
Uma estratégia recomendada para qualquer fase do ciclo econômico é a diversificação de portfólio. Esta estratégia envolve a diversificação de seu portfólio por meio do investimento em diferentes ativos financeiros, como ações, títulos do Tesouro, fundos de investimento, fundos imobiliários, entre outros. Desta forma, o investidor diminui os riscos de perda no portfólio.
Além disso, o investidor deve avaliar o momento econômico atual para definir qual estratégia de investimento é mais adequada. Esta avaliação deve levar em conta os fatores econômicos e externos que influenciam o ciclo econômico para que o investidor possa aproveitar as melhores oportunidades de investimento.
Investimentos defensivos
Os investimentos defensivos são uma estratégia apropriada para as fases de recessão econômica. Ao investir em ativos considerados mais seguros, o investidorpode vir a reduzir o risco de perdas no portfólio. Em geral, o investidor opta por ativos considerados menos voláteis, como títulos do Tesouro, fundos de renda fixa, ações defensivas e títulos de empresas sólidas e estáveis, como empresas de telecomunicação, bancos e outros.
Além disso, nesses ciclos de recessão, os juros costumam estar mais altos, o que desencoraja o investimento econômico em empresas. Dessa maneira, títulos de renda fixa atrelados à Selic podem se beneficiar desse movimento.
Investimentos cíclicos
Investimentos cíclicos são direcionados para as fases de expansão econômica. Esta estratégia envolve o investimento em ativos que tendem a se valorizar quando a economia está em crescimento, como ações de empresas com alta volatilidade, ações de empresas de commodities e de empresas ligadas à produção industrial. O investidor pode ainda diversificar seu portfólio por meio de investimentos em ações de empresas de tecnologia e empresas de capital de risco.
Como neste momento do ciclo as ações de empresas costumam ter uma alta em seus preços, é importante fazer aportes regulares no seu portfólio para que você mantenha um bom preço médio, inclusive comprando ações na baixa e vendendo na alta.
Por isso, é muito importante contar com o acompanhamento de um especialista do mercado financeiro, que saberá lhe guiar pelos melhores momentos de cada fase do ciclo econômico. Converse com nossos especialistas de wealth advisor sem compromisso algum.
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A chave para alcançar uma jornada financeira saudável e segura é a autenticidade. É importante conhecer a si mesmo para entender quais são os objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo. Analisar as finanças pessoais para entender o orçamento, a composição do portfólio e a origem dos recursos é fundamental. A partir daí, é possível desenvolver estratégias de investimento mais eficazes e que atendam às necessidades e objetivos financeiros específicos.
Ao analisar os ciclos econômicos, é importante entender em qual fase estamos e quais são os melhores investimentos para cada momento. Entender como os ciclos econômicos influenciam nas oscilações de mercado pode ser uma estratégia interessante para diversificar o portfólio e minimizar os riscos. Dessa forma, é possível desfrutar de um caminho financeiro com autenticidade e segurança.
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