Uma recessão é sempre associada a retrocesso ou retração. Ou seja, quando falamos de recessão econômica de um país, estamos nos referindo a uma piora na sua atividade econômica no geral.

Todos nós sabemos que isso é uma coisa ruim, mas nem toda crise que um país sofre pode ser considerada uma recessão econômica.

Mas o que é uma então? O que, de fato, a caracteriza? Qual o impacto de uma em um país e como se recuperar dela?

Neste artigo, vamos te contar tudo isso e muito mais!

Definição de recessão econômica

A recessão econômica é um termo amplamente utilizado para descrever um declínio significativo na atividade econômica de um país, que dura mais de alguns meses (mais do que dois trimestres consecutivos). É um fenômeno visível nos principais indicadores econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), renda, emprego, produção industrial e vendas no varejo.

Uma recessão é mais do que apenas uma desaceleração temporária da economia. É um período de atividade econômica reduzida, onde os recursos não são totalmente utilizados e o desemprego é mais alto do que o normal.

Na economia, existem alguns ciclos. São eles, em ordem:

  • Expansão;
  • Pico da expansão;
  • Recessão;
  • Depressão.

As oscilações dos ciclos econômicos são normais, pois nem sempre um país que atingiu seu pico de expansão se manterá nele. Porém, é importante entender o que é a recessão e saber como desacelerá-la, para que ela não chegue à depressão.

Como uma recessão é oficialmente reconhecida

A definição oficial de recessão é um pouco mais específica. Para National Bureau of Economic Research (NBER), uma recessão é caracterizada por uma queda significativa na atividade econômica, espalhada por toda a economia, que dura mais de um ano.

No caso do Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera que uma recessão ocorre quando há uma redução do PIB por dois trimestres consecutivos.

Essa definição, contudo, não é uma regra estrita e pode variar dependendo da interpretação de cada economista ou instituição. Por exemplo, algumas instituições podem considerar outros fatores, como a queda do consumo das famílias, do investimento das empresas, das vendas e da produção industrial, assim como o aumento do desemprego.

No entanto, independentemente da definição exata, o importante é entender que uma recessão é um período de retração geral na economia, com impactos significativos em vários setores e na vida das pessoas. É um período de incertezas, de instabilidade e de dificuldades para muitos.

Agora que temos uma noção clara do que é uma recessão, vamos analisar suas causas, os sintomas e como ela afeta a economia de um país. É importante entender esses aspectos para que possamos estar preparados para lidar com possíveis recessões no futuro.

As causas de uma recessão econômica

Uma recessão econômica pode acontecer por diversos fatores, tanto internos quanto externos a um país. Vamos conhecê-los!

Fatores internos que contribuem para a recessão

Uma recessão econômica pode ser desencadeada por uma série de fatores internos. Um dos mais notáveis é a queda no consumo. Quando as famílias e as empresas começam a gastar menos, a produção diminui e, com ela, o número de empregos disponíveis. Este é muitas vezes um ciclo vicioso, pois menos empregos resultam em menos gastos, levando a ainda mais cortes na produção e no emprego.

Outros fatores internos podem incluir altas taxas de juros e/ou aumento de impostos que desencorajam os investimentos, bem como a queda nos níveis de confiança dos consumidores e das empresas, o que pode levar a reduções nos gastos.

Por isso, é importante implementar uma estratégia de investimentos antes de uma recessão econômica, pois assim você poderá proteger o seu patrimônio e estar preparado caso isso ocorra algum dia em nosso país. Uma das maneiras é investir em renda variável. Por isso, nós preparamos um e-book completo e gratuito sobre como investir no mercado de ações.

Fatores externos que contribuem para a recessão

Além dos fatores internos, a recessão econômica também pode ser impulsionada por eventos externos. Isso pode incluir uma queda nos preços das commodities, uma guerra comercial, desastres naturais ou uma crise financeira global.

Por exemplo, a crise financeira global de 2008 teve um efeito devastador em muitas economias ao redor do mundo, levando a uma recessão profunda e prolongada. Já em 2020, com a pandemia do coronavírus, muitas economias também se retraíram ao redor do mundo.

Os fatores externos são muitas vezes difíceis de prever e de controlar, tornando-os particularmente perigosos para a saúde econômica de um país.

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Os sintomas de uma recessão econômica

Os sintomas de uma recessão econômica são geralmente bastante claros. Quando a economia entra em recessão, a taxa de crescimento do PIB é negativa durante dois trimestres consecutivos. Além disso, há outros sintomas importantes de serem analisados. Veja a seguir!

Indicadores macroeconômicos em uma recessão

Os indicadores macroeconômicos são ferramentas fundamentais para entender os sintomas de uma recessão econômica. Em períodos de recessão, notamos uma variação significativa em alguns deles, como:

  • Queda na taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB);
  • Aumento do desemprego;
  • Variações nas taxas de juros;
  • Queda no consumo e investimento;
  • Aumento no déficit orçamentário do governo.

Durante uma recessão, vários indicadores macroeconômicos podem apontar para um declínio na saúde econômica. Além desses citados, pode haver uma queda na inflação ou, em alguns casos, deflação, que é uma queda geral nos preços.

Como a recessão afeta o mercado de trabalho

A recessão tem um impacto direto e imediato no mercado de trabalho. À medida que as empresas lutam para manter a rentabilidade, muitas podem ser forçadas a reduzir seus gastos com mão de obra, resultando em demissões. Isso, por sua vez, pode levar a um aumento na taxa de desemprego.

Além disso, os trabalhadores que mantêm seus empregos podem ter que lidar com salários mais baixos ou reduções nos benefícios. Em alguns casos, a recessão pode levar a um aumento no trabalho em tempo parcial ou temporário, à medida que as empresas tentam manter a flexibilidade na mão de obra.

Neste momento, muitos trabalhadores podem se ver obrigados a atuar no mercado informal ou em empreender, podendo gerar novas oportunidades de trabalho.

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Impacto da recessão na economia de um país

Uma recessão econômica pode causar muitos impactos na população de um país. Conheça os principais!

Impacto sobre o PIB e o crescimento econômico

O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais indicadores econômicos utilizados para medir o desempenho de uma economia, pois ele representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa região em um determinado período.

Durante uma recessão, é comum observar uma queda significativa no PIB de um país, ou seja, isso significa que ele está produzindo menos produtos/serviços. Esta queda pode ser o resultado de uma diminuição da produção industrial, do consumo ou do investimento. O impacto sobre o crescimento econômico é igualmente negativo, pois uma economia em recessão geralmente está encolhendo, não crescendo.

Efeitos na inflação e no poder de compra

A inflação é outro indicador que pode ser afetado durante uma recessão. Dependendo dos fatores que levaram à recessão, pode haver uma diminuição na demanda por bens e serviços, levando a uma queda nos preços e, consequentemente, a uma diminuição da inflação. No entanto, a inflação também pode aumentar se o país recorrer à impressão de dinheiro para financiar o déficit público.

O poder de compra dos consumidores também é impactado negativamente durante uma recessão. Isso ocorre porque, em tempos de incerteza econômica, as empresas tendem a cortar custos, o que normalmente resulta em demissões. Com menos pessoas empregadas, há menos dinheiro sendo gasto, o que afeta negativamente o comércio e a economia como um todo.

A recessão e seu efeito sobre os indivíduos e empresas

Para os indivíduos, uma recessão geralmente se traduz em perda de emprego, diminuição da renda e, consequentemente, redução do padrão de vida.

Para as empresas, uma recessão pode significar uma queda nas vendas, no lucro e na capacidade de investimento. Em casos extremos, as empresas podem até mesmo ser forçadas a fechar suas portas.

Como a recessão impacta os consumidores

O primeiro e mais evidente efeito é a redução do poder de compra. Isso ocorre porque, durante uma recessão, há uma alta taxa de desemprego, redução de salários e diminuição do acesso ao crédito. Consequentemente, os consumidores tendem a gastar menos, o que acaba por agravar ainda mais a situação econômica do país.

Além disso, a incerteza econômica leva a um comportamento de consumo mais conservador, com as pessoas priorizando a economia e a redução de gastos desnecessários.

Como as pessoas estão desempregadas ou tiveram seus salários reduzidos, há uma queda geral na renda, o que também contribui para o menor gasto das famílias.

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Como a recessão impacta as empresas

As empresas também sofrem enormemente durante uma recessão. A diminuição do consumo leva a uma queda na demanda por produtos e serviços, o que pode levar à redução da produção e, consequentemente, a demissões em massa de suas equipes.

Ademais, as empresas também podem ter mais dificuldades para obter crédito, dificultando investimentos e expansão dos negócios, já que, com a recessão, o risco de inadimplência é maior.

Já as empresas que dependem fortemente de importações podem enfrentar sérios desafios se a moeda local se desvalorizar durante a recessão, tornando os produtos importados mais caros.

Para sobreviver em um período de recessão, as empresas precisam se adaptar. Isso pode incluir a redução de custos, a reestruturação de negócios, a inovação em produtos ou serviços e a busca por novos mercados.

Porém, mesmo com essas medidas, muitas empresas podem não conseguir sobreviver a uma recessão prolongada.

Segundo o Sebrae, por exemplo, quase metade das empresas brasileiras não sobrevivem aos primeiros cinco anos de vida, e uma recessão pode agravar ainda mais essa estatística.

Por outro lado, é importante notar que uma recessão econômica pode ser um momento de oportunidades para algumas empresas.

Aquelas que conseguem se adaptar e inovar podem sair mais fortes quando a economia se recupera. Por exemplo, empresas que adotam tecnologias digitais podem conseguir se destacar em um ambiente de consumo cada vez mais on-line.

Respostas políticas à recessão

Em tempos de recessão econômica, muitos governos adotam políticas para tentar salvar o país. Conheça algumas!

Política fiscal e a recessão

A política fiscal é uma das principais respostas do governo à recessão. Esta política se refere às ações que o governo pode tomar em relação aos níveis de despesas e impostos.

Dessa maneira, é necessário um aperto na política fiscal do país em recessão. Normalmente, isso acontece por meio da diminuição de cortes nos gastos do governo e busca por novas fontes de receita.

Por outro lado, há economistas que defendem que o governo deveria agir de forma expansionista, para ajudar a economia a superar a crise.

No entanto, é importante notar que o aumento dos gastos e a redução dos impostos podem resultar em déficits fiscais. Isto é, o governo acaba gastando mais do que arrecada. A longo prazo, isto pode ser insustentável e contribuir para o aumento da dívida pública. Portanto, os ajustes fiscais podem ser necessários para garantir a sustentabilidade das finanças do governo.

Política monetária e a recessão

A política monetária também é uma resposta importante à recessão. Esta política é geralmente implementada pelo banco central de um país e envolve o controle da oferta de dinheiro na economia.

Durante uma recessão, o banco central pode reduzir as taxas de juros para tornar o crédito mais acessível. Isto pode incentivar o gasto dos consumidores e das empresas, pois os empréstimos se tornam mais baratos.

Além disso, o banco central também pode implementar medidas de “quantitative easing” (alívio quantitativo). Esta é uma forma de política monetária onde o banco central compra títulos do governo ou outros ativos financeiros para aumentar a oferta de dinheiro. Isto pode ajudar a baixar ainda mais as taxas de juros e estimular a economia.

Há governos, ainda, que optam pela impressão de dinheiro para tentar estimular a economia, o que pode gerar inflação, aumentando o preço de produtos e serviços e fazendo com que a população, que já tinha um acesso limitado devido à recessão, não consiga consumir.

Embora essas políticas possam ser eficazes para combater a recessão, elas também apresentam desafios. Por exemplo, a política fiscal requer um equilíbrio cuidadoso para evitar que o aumento do déficit público leve a problemas de dívida a longo prazo.

Da mesma forma, a política monetária deve ser cuidadosamente calibrada para evitar a inflação. Além disso, ambas as políticas levam tempo para implementar e ter efeito, o que pode atrasar a recuperação.

Recuperação de uma recessão

Apesar do cenário bastante tenebroso, é perfeitamente possível que um país saia da recessão econômica. Com as políticas certas e “tempo ao tempo”, qualquer país tem condições de se recuperar de uma crise econômica.

Como um país pode sair da recessão

A recuperação de uma recessão não é um processo simples, mas há vários caminhos que se pode seguir para sair de uma situação econômica desfavorável. Dentre eles, alguns são:

  • Aumento do gasto público;
  • Redução de impostos;
  • Incentivo ao investimento privado.

O aumento do gasto público pode estimular a economia ao criar novos empregos, enquanto a redução de impostos pode aumentar o poder de compra dos consumidores e incentivar o gasto. Além disso, o incentivo ao investimento privado pode gerar crescimento econômico ao estimular a inovação e a criação de novos negócios.

O papel dos estímulos governamentais na recuperação

Os estímulos governamentais desempenham um papel crucial na recuperação da recessão. Isso porque eles podem estimular a economia por meio de algumas ações, como:

  • Aumento do gasto público;
  • Redução de impostos;
  • Políticas fiscal e monetária.

O aumento do gasto público pode gerar novos empregos e aumentar a demanda por bens e serviços. A redução de impostos pode aumentar o poder de compra dos consumidores e incentivar o gasto. Já as políticas fiscal e monetária podem ajudar a economia a se restabelecer.

No entanto, é importante destacar que os estímulos governamentais devem ser implementados com cautela. Eles podem levar a um aumento da dívida pública e a um possível aumento da inflação. Por isso, é importante que sejam implementados de forma equilibrada e sustentável.

Para isso, é fundamental que o governo forme uma equipe econômica experiente e preparada para analisar o cenário e implementar estratégias eficientes.

Perguntas frequentes sobre a recessão econômica

O tema da recessão econômica é bastante complexo e cheio de dúvidas. Por isso, separamos algumas das perguntas mais frequentes sobre o assunto. Confira!

Quanto tempo dura uma recessão típica?

A duração de uma recessão econômica pode variar amplamente dependendo de uma série de fatores, incluindo a gravidade da queda inicial, a resiliência da economia afetada e as medidas tomadas para combater a recessão. No entanto, ela costuma durar de alguns meses (dois trimestres seguidos) até alguns anos.

Qual é a diferença entre recessão e depressão?

Embora ambos os termos se refiram a períodos de declínio econômico, eles diferem em termos de duração e gravidade. Uma recessão é geralmente definida como um declínio significativo na atividade econômica que dura mais de alguns meses. Isso geralmente é visível na produção industrial, emprego, renda real e outros indicadores.

Uma depressão, por outro lado, é um declínio econômico extremamente grave e prolongado. Uma regra prática frequentemente usada é que uma depressão é uma recessão que dura pelo menos três anos ou leva a uma queda de 10% ou mais no produto interno bruto.

Como uma recessão afeta o mercado de ações?

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Em geral, uma recessão é acompanhada por uma queda no mercado de ações. Isso ocorre porque as empresas estão ganhando menos dinheiro, o que reduz o valor de suas ações.

Além disso, o pessimismo econômico que geralmente acompanha uma recessão pode levar os investidores a vender suas ações, o que também pode fazer o mercado cair.

No entanto, é importante ressaltar que o mercado de ações não é o mesmo que a economia em geral. Portanto, é possível que o mercado de ações se recupere mesmo enquanto a economia permanece em recessão.

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Quais são os tipos de recessão?

Existe uma diferença entre recessão técnica e recessão de fato:

  • Recessão técnica: um país entra em recessão técnica quando seu PIB recua por dois trimestres consecutivos;
  • Recessão de fato: além do PIB, a recessão de fato leva em consideração outras variáveis, como produção industrial, nível de emprego, salários, entre outros;
  • Recessão rasa: é uma recessão que costuma ser mais breve, porém com grandes consequências para a economia. Um exemplo desta recessão foi a pandemia do coronavírus;
  • Recessão de crescimento: na recessão de crescimento, a economia de um país desacelera, crescendo abaixo da tendência de longo prazo, mas não se contrai. O desemprego, no entanto, aumenta.

As reformas estruturais são importantes para a recuperação de uma recessão econômica?

Além dos estímulos governamentais e da restauração da confiança, as reformas estruturais também são fundamentais para a recuperação de uma recessão. Essas reformas podem incluir a melhoria do ambiente de negócios, a promoção da inovação e a criação de um mercado de trabalho mais flexível.

Além disso, podem incluir o investimento em educação e formação, para garantir que a força de trabalho tenha as habilidades necessárias para as demandas do mercado atual.

A verdade é que a economia é um campo complexo e multifacetado. No entanto, entender estas questões básicas sobre recessão econômica pode ajudar você a se proteger de cenários desafiadores.

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