Investimento é um conceito importante que envolve tomar decisões financeiras inteligentes e acumular patrimônio a longo prazo. Enquanto todos os investimentos envolvem algum grau de risco, existem estratégias de diversificação que permitem que você corra menos riscos.

Neste artigo, discutiremos os principais elementos da segurança ao investir e como você pode avaliar os riscos de um investimento antes de tomar sua decisão. Você aprenderá como adequar os investimentos a sua própria realidade e como analisar ações, fundos imobiliários, renda fixa e muito mais. Dessa maneira, você conseguirá preservar, multiplicar e criar um patrimônio para alcançar a sua tão sonhada independência financeira.

Vamos lá?

Como criar uma carteira de investimentos?

Antes de tudo, é importante frisar que nós do Clube do Valor não acreditamos numa filosofia de “market time”, ou seja, qual é o melhor investimento “agora”. Isso porque, este tipo de estratégia costuma fazer com que as pessoas comprem na alta e vendam na baixa, já que diz respeito aos investimentos mais populares naquele momento.

Aqui nós desenvolvemos a nossa Estratégia das Ações Mais Baratas, que, a partir de critérios estabelecidos pelo nosso time de especialistas, nós verificamos quais ações estão mais baratas em determinado momento, esperando, assim, que a empresa se valorize. Lembrando que não existe uma “ação barata” no mercado, mas sim comparada a ela mesma.

Após dito isso, existem alguns fatores que você deve levar em consideração para investir seu dinheiro com segurança. Lembrando que não existe fórmula mágica para que você não tenha nenhum risco nos seus investimentos, porém, seguindo o nosso passo a passo, você pode minimizá-los e maximizar os seus ganhos.

E quais são os passos que você pode tomar para montar a sua carteira de investimentos mais segura?

1. Trace objetivos financeiros

O dinheiro deve ser encarado como um meio, não como um fim. Ou seja, o objetivo final de um investidor não deve ser acumular R$ 1 milhão, mas sim determinar qual é o nível de renda passiva mensal que gostaria de ter e, dessa maneira, criar estratégias para alcançar esse objetivo. No caso, se o seu objetivo fosse ter uma renda passiva de R$ 50.000, a partir disso é que se escolheria a estratégia ideal para alcançar essa meta.

Portanto, primeiro você deve traçar um destino (onde você quer chegar) e depois você escolhe uma rota (a estratégia de investimento).

2. Implementar a fórmula 1.5+ de investimentos

Para objetivos de curto prazo, ou seja, prazo de até 1 ano em relação a hoje, você pode investir em Tesouro Selic, CDB ou qualquer outro investimento que tenha uma alta liquidez diária (ativos que permitem que você resgate o seu dinheiro de forma mais rápida). Já para investimentos de médio prazo, de até 5 anos, você pode optar por investimentos com um retorno um pouco maior, mas ainda sem muitos riscos. Ou seja, utilizar uma renda fixa com data de vencimento maior.

Já os planos com prazos mais longos, isto é, maiores do que 5 anos, como comprar um apartamento, devem ser pensados de forma diferente. Falaremos mais nos próximos passos!

3. Escalar as classes de ativos da carteira

Quando você vai montar a sua carteira de investimentos, pode escalar diferentes tipos de ativos de acordo com o seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Aqui no Clube do Valor, a gente trabalha com carteiras compostas por seis tipos de ativos diferentes, como:

  • Renda fixa pós-fixada;
  • Renda fixa pré-fixada;
  • Renda fixa atrelada à inflação;
  • Ações brasileiras;
  • Ações norte-americanas;
  • Fundos de investimentos imobiliário.

A nossa opção por usar essas seis classes de ativos é porque elas passaram no teste do tempo, ou seja, a longo prazo elas mostraram ter bons retornos. Existem outras opções que você pode investir, como commodities, ouro e criptomoedas – apenas não são as que escolhemos por aqui.

4. Avaliar os riscos

A avaliação de riscos é uma das etapas mais importantes na hora de escolher os ativos para a sua carteira. Inclusive, nos arriscamos a dizer que avaliar os riscos deve vir antes de pensar nos retornos, ou seja, você deve primeiro estar preocupado em preservar e construir uma carteira aderente as suas características e só depois pensar nos retornos.

Para isso, existem três fatores fundamentais que você precisa descobrir sobre os riscos:

  • Quais são os tipos de riscos que existem?
  • Como medir o risco de uma carteira?
  • Entender como o risco funciona na prática.

É importante, também, que você identifique qual é o seu perfil de risco para poder estabelcer a estratégia que você conseguirá seguir.

5. Avaliar o retorno

Após avaliados os riscos, o próximo fator importante a se levar em consideração é o retorno. Aqui existem dois tipos de retornos diferentes:

  • Retorno Composto: mede o retorno médio do ano da carteira, como se fosse um “retorno estável”. Em tese, quanto maior, melhor;
  • Retorno Composto Real: é o retorno composto descontada a inflação. Mostra uma estimativa do que podemos trabalhar em simulações de crescimento patrimonial para o futuro. Quanto maior, melhor.

Tanto o risco quanto o retorno devemos olhar em carteiras diversificadas. Aqui no Clube do Valor, nós temos um e-book gratuito e completo de ações com o nosso método para você conhecer.

6. Definir composição

Com base no risco e retorno dos investimentos, está na hora de escolher a melhor estratégia de alocação de ativos para o seu perfil de investidor e objetivos financeiros. É importante se atentar para o fato de manter-se fiel à sua estratégia de investimentos e não “surfar na onda” dos investimentos mais populares no momento. Isso porque você pode correr o risco de comprar ativos quando eles estão com um preço maior e vendê-los quando o preço deles caiu.

A composição de uma carteira de investimentos pode ser composta por ativos de renda fixa e variável e a porcentagem que cada um desses tipos de investimentos vai compor na sua carteira dependerá, principalmente, do seu perfil de investidor. Além disso, dentro de cada um desses tipos, há diferentes ativos que você pode diversificar, como:

  • Renda fixa: pós-fixada, prefixada, atrelada à inflação;
  • Renda variável: ações brasileiras, ações estrangeiras, fundos imobiliários.

A composição vai depender do seu perfil de investidor e objetivos financeiros, mas ela pode ser feita de diversas maneiras, por exemplo:

  • 50% em renda fixa e 50% em renda variável;
  • 25% em renda fixa e 75% em renda variável;
  • 75% em renda fixa e 25% em renda variável;
  • Ou até 100% em renda fixa ou 100% em renda variável.

Feito isso, podemos partir para o próximo passo.

7. Como analisar e montar uma carteira de renda fixa

Após ter definido a porcentagem que a renda fixa irá compor a sua carteira, você precisa escolher os tipos de renda fixa que mais se adequam ao seu perfil e objetivos. Entenda um pouco mais sobre cada um dos tipos de investimento:

  • Renda fixa pós-fixada: renda em linha com a meta da taxa selic. Na média, todo mês sobe um pouco, tendo um baixo risco de mercado. Além disso, o retorno tende ser acima da inflação;
  • Renda fixa prefixada: tem um retorno nominal já prometido. Quando a inflação é maior do que o esperado, pode ser ruim, pois a margem de ganho pode ser muito pequena. Neste tipo, o potencial de retorno pode ser um pouco maior do que o pós-fixado;
  • Atrelado a inflação: possui um retorno real prometido (taxa selic +variação). Apesar de, em tese, proteger da inflação, se a inflação for muito alta, o retorno pode ser corroído.

O ideal na hora de compor a sua carteira com essas classes de ativos é fazer um mix delas, ou seja, optar pelos três tipos na sua carteira para equilibrar a questão do risco e retorno. Além disso, você também pode optar por diversificar entre títulos públicos e privados, dependendo do seu perfil e da sua estratégia.

Já na hora de escolher os ativos, você deve avaliar alguns pontos, como:

  • Relação entre carência e liquidez;
  • Relação entre os riscos (risco soberano x FGC x risco de créito).

Se você já investe em renda fixa, mas não sabe se criou a melhor estratégia para os seus objetivos, solicite uma análise de carteira gratuita dos nossos especialistas e descubra se seu portfólio de investimentos está indo pelo caminho certo.

8. Como analisar ações para a carteira

Após escolhidos os ativos de renda fixa, você pode analisar ações para a composição do seu portfólio em renda variável.

Na nossa estratégia, a carteira é composta por 20 ações, podendo reduzir até 96% o risco não-sistemático, que é o risco inerente a um setor ou empresa específica. Por isso, saber escolher os ativos e a quantidade que faz sentido para a sua estratégia e perfil pode ser uma boa decisão.

Existem três formas de investir em renda variável:

  • Forma passiva: você pode investir em ETFs, ou seja, fundos de índice (fundos que replicam um índice específico);
  • Forma ativa: você mesmo escolhe as ações que irão compor a sua carteira;
  • Forma semi-ativa: você escolhe um gestor de investimento, no qual ele escolhe as ações de forma ativa.

Se você quiser entender como é o nosso método de escolha de ações dos nossos clientes, nós disponibilizamos um e-book gratuito com as 10 ações mais baratas da bolsa para você baixar.

Lembrando que, caso você opte por investir em ações estrangeiras, deve seguir a mesma estratégia. Neste caso, você pode optar por BDRs (que são ações estrangeiras negociadas na bolsa brasileira) ou abrir uma conta em alguma corretora que faça este tipo de operação.

ebook de ações

9. Como analisar FIIs?

Na hora de escolher quais fundos imobiliários irão compor a sua carteira de investimentos, você pode seguir os mesmos princípios de escolha de ações, já que as cotas de FIIs também fazem parte da renda variável.

A diferença aqui é que os fundos imobiliários são obrigados, por lei, a distribuir 95% dos seus lucros para os acionistas, fazendo com que esse tipo de investimento possa gerar uma renda passiva mais consistente ao longo dos meses. Lembrando que consistência, neste caso, refere-se à recorrência do pagamento e não necessariamente ao preço pago por cota de cada FII.

Para ajudar você a escolher os melhores FIIs para a sua carteira, nós também criamos, assim como nas ações, um e-book com os FIIs baratos que pagam bons dividendos para você baixar gratuitamente.

10. Como comprar na baixa e vender na alta?

Essa é a pergunta de 1 milhão de reais (literalmente).

Após você ter definido as suas estratégias, a composição da sua carteira e ter definido quais ativos farão parte dela, você terá o seu portfólio pronto. Apesar de não ser possível analisar como a sua carteira vai mudar (quais ativos irão valorizar e quais desvalorizar), uma coisa podemos ter certeza: seu portfólio vai mudar.

Isso porque as oscilações de mercado estão sempre acontecendo, o que pode fazer com que a composição da sua carteira se altere. Por exemplo, digamos que você optou por fazer uma carteira de investimento de 50% em renda fixa e 50% em renda variável. Se, neste meio tempo, a renda variável se valorizou, é possível que, mesmo sem você ter feito nenhuma alteração, seu portfólio de investimentos ter se alterado para 70% em renda fixa e 30% em renda variável. O que você deve fazer neste momento?

Existem duas opções: você pode comprar mais renda variável para reequilibrar a sua carteira ou vender um pouco da renda fixa e, com esse dinheiro, comprar renda variável, voltando assim para um portfólio de 50/50.

A importância de investir dinheiro com segurança

Investir dinheiro envolve tomar decisões importantes. Quando investimos, arriscamos nosso dinheiro em busca de lucro. Por isso, é fundamental adotar estratégia para tentar ter o menor risco possível, já que não existem investimentos sem riscos. Por isso, é vital entender todos os fatores que podem influenciar nos riscos de um investimento antes de tomar decisões que podem afetar significativamente sua renda futura.

Caso você queira entender melhor sobre todos esses passos de como montar uma carteira de investimentos, confira o nosso vídeo completo sobre esse assunto: