“Qual a estratégia que os maiores investidores do mundo utilizam?”
Se você está tentando descobrir isso, é provável que já tenha se deparado com esta expressão:
Análise fundamentalista.
Afinal, trata-se da principal estratégia para auxiliar na tomada de decisão na compra de ativos de renda variável.
E como isso pode ser realmente útil para você?
Como você vai fazer as melhores escolhas na hora de investir utilizando esse método?
É o que vou responder a você neste artigo!
Você vai entender o que é a análise fundamentalista, como ela funciona, o que a determina, suas vantagens e desvantagens e qual é a principal diferença com a análise técnica.
Em posse dessas informações, você terá mais segurança na hora de investir e vai conseguir melhorar a rentabilidade da sua carteira de ações.
Além disso, para que você possa aprender ainda mais, vou compartilhar com você o nosso incrível e-book “3 Segredos Para o Investimento de Sucesso em Ações”.
Se você ficar comigo até o final, garanto que dominará assuntos como:
[thrive_leads id=’3775′]
O QUE É ANÁLISE FUNDAMENTALISTA?
Ao falar sobre os investimentos, várias dúvidas podem surgir.
Algumas das mais comuns são:
- Quando comprar determinado ativo?
- Qual é o valor justo para determinada ativo?
- Vale a pena investir em um determinado ativo dentro do cenário atual?
É para responder esses tipos de perguntas que os métodos de análises são criados.
De um modo geral, as estratégias de análise de ativos funcionam para qualquer produto financeiro.
Contudo, com frequência são utilizados para estudar ativos de renda variável, mais especificamente as ações.
Cada estratégia é única e a análise fundamentalista é apenas uma das muitas estratégias disponíveis no mercado.
Portanto, podemos entender a análise fundamentalista como um prisma pelo qual alguns investidores decidem analisar o mercado.
Bom… como o nome pode sugerir, a análise fundamentalista concentra-se em analisar o fundamento que sustenta os ativos.
O seu precursor foi Benjamin Graham, que posteriormente foi professor de Warren Buffett.
Buffett, um dos maiores investidores de todos os tempos, utilizou a estratégia buy and hold (derivada da análise fundamentalista) para lucrar consistentemente no mercado de ações.
Isso mostra como essa técnica é eficiente e traz resultados favoráveis àqueles que se dedicam a aplicá-la.
Ok, mas como a análise fundamentalista funciona na prática?
COMO FUNCIONA A ANÁLISE FUNDAMENTALISTA?
Antes de um investidor comprar uma ação, é preciso que ele entenda o que está fazendo.
Ao utilizar a análise fundamentalista, procura-se entender quais são os fundamentos que sustentam aquele ativo.
Essa estratégia convida o investidor a fazer um verdadeiro “raio-x” da situação de uma determinada empresa antes de comprar seus papéis.
Para fazer isso, diversas ferramentas podem ser utilizadas.
Um bom exemplo é a plataforma Fundamentus que nós já recomendamos por aqui.
Ou seja, na prática, o investidor faz o seguinte:
- Estuda diversos aspectos (quantitativos e qualitativos) da empresa a ser comprada;
- Avalia se esses aspectos trazem boas perspectivas para o futuro (no longo prazo);
- Considera também aspectos macroeconômicos, mercadológicos e o valor intrínseco;
- Decide pela compra ou não daquele ativo.
Os quatro pontos acima resumem muito bem o proceder de um investidor que adota a análise fundamentalista como estratégia.
E nessa breve descrição há várias palavras-chave sobre as quais vale a pena se debruçar e entender como elas determinam a nossa análise.
O QUE DETERMINA UMA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA?
A análise fundamentalista é uma técnica simples de entender e igualmente simples de aplicar quando você conhece todos os seus aspectos.
Por isso, é muito importante você entender todos os aspectos que a determinam.
Nos quatro pontos elencados acima, nos quais eu resumi a estratégia de investidores que utilizam esse método, há uma série de palavras-chave que merecem uma explicação mais detalhada.
Vamos a elas:
#1 – Variáveis quantitativas e qualitativas
Dentro da análise fundamentalista, é preciso observar uma série de variáveis.
Essas diversas variáveis fundamentais podem ser agrupadas em duas categorias:
Quantitativas e qualitativas.
Dentro de um contexto financeiro, o significado dessas duas variáveis não é tão diferente de suas definições do dia a dia.
- Variáveis quantitativas: aquelas variáveis que, de alguma forma, podem ser expressas ou medidas em termos numéricos;
- Variáveis qualitativas: aquelas variáveis que têm como base somente o atributo de qualidade (se é bom ou ruim), à despeito da quantidade ou tamanho.
Não é muito difícil entender na prática o que são esses dois tipos de variáveis.
Ao utilizarmos uma plataforma como a Fundamentus, estamos à procura das variáveis quantitativas de uma empresa.
A plataforma nos oferece características numéricas mensuráveis de um negócio.
Com base nisso, podemos tirar várias conclusões que vão sustentar a tomada de decisão de compra.
Entre as variáveis quantitativas, podemos citar:
- Valor de mercado (calculado multiplicando o preço da ação pelo número total de ações)
- Valor da firma (também conhecido como Enterprise Value, é calculado somando o valor de mercado da empresa e sua dívida líquida)
- Receita líquida
- Lucro líquido
- P/L (preço da ação dividido pelo lucro por ação)
- Dividend Yield (dividendo pago por ação dividido pelo preço da ação)
- EV/EBIT (valor da firma dividido pelo EBIT)
Vale ressaltar que ainda há muitas outras variáveis que ficaram de fora.
Uma estratégia baseada em análise fundamentalista precisa levar em conta todos os aspectos.
Isso inclui as variáveis qualitativas, algo que já é um pouco mais difícil de entender (e explicar).
Mas com certeza não é um bicho de sete cabeças!
As variáveis qualitativas são os aspectos que não podem ser mensurados por números, mas que determinam a qualidade do negócio.
Entre as variáveis, podemos citar:
- Reconhecimento e notoriedade da marca;
- Propriedade de tecnologias e patentes;
- Composição dos membros de diretoria e a presença de executivos-chave;
- Qualidade na gestão corporativa e administrativa;
- Política de governança;
- Market share no setor;
- Capacidade de gerar receitas ao longo dos anos;
- Potencial de crescimento.
Portanto, uma análise fundamentalista bem feita precisa levar em consideração as variáveis quantitativas e qualitativas.
#2 – O conceito de Valor Intrínseco
Outro conceito muito importante de entendermos dentro do contexto de análise fundamentalista é o de valor intrínseco.
E esse é um conceito interessantíssimo!
Ao analisarmos uma empresa pelo prisma fundamentalista, é comum considerarmos que o preço de mercado de uma ação não reflete o seu “valor real”.
Afinal, se refletisse, por qual motivo você precisaria fazer uma análise?
Esse “valor real” de uma empresa é o que nós chamamos de valor intrínseco de uma companhia.
Esse é o número que reflete, após a análise, o verdadeiro preço de uma ação.
Vamos usar um exemplo para explicar esse conceito:
Digamos que você esteja analisando uma empresa cujo preço da ação é de R$ 100,00.
Após analisar as diversas variáveis quantitativas e qualitativas, você chegou a conclusão de que o seu valor intrínseco é de R$ 125,00 por ação – ou seja, maior do que o seu valor atual.
O próximo passo é comprar essa ação e aguardar para ver se a sua análise vai se concretizar.
É lógico que esse processo está muito resumido nos três pontos acima.
Somente a análise fundamentalista das variáveis quantitativas e qualitativas de uma empresa é um processo de poderia levar horas ou até dias.
Mas essa é a essência!
Para quem se apoia na análise fundamentalista, a intenção é comprar ações que estejam com um preço abaixo de seu valor intrínseco estimado.
Dessa forma, lucra-se com a valorização da empresa, o geralmente tende a acontecer somente no longo prazo.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA: VALE A PENA?
Como praticamente tudo na vida, a análise fundamentalista também tem vantagens e desvantagens.
Porém, isso vai depender muito de quem a está utilizando e quais são os seus propósitos.
Da mesma forma que uma ferramenta de corte pode causar um ferimento ou facilitar um trabalho manual, a análise fundamentalista também pode ser prejudicial ou benéfica.
Tudo vai depender da intenção e a forma que a estratégia é utilizada.
Para responder a pergunta do subtítulo acima, trago aqui algumas características importantes da análise fundamentalista.
Elas podem ser interpretadas tanto de forma positiva como de forma negativa.
Realmente vai depender da forma como usa a estratégia.
#1 – Uma boa análise fundamentalista exige conhecimentos específicos
Para fazer um bom trabalho ao usar essa estratégia, é preciso conhecer os principais indicadores e variáveis do mercado.
Isso significa que um iniciante dificilmente estaria pronto para investir apenas com algumas horas de estudo.
Além de precisar entender os indicadores e variáveis, é preciso compreender a relação entre eles e entre eles e os diversos cenários macroeconômicos e mercadológicos.
Portanto, existe uma “barreira” para aqueles que desejam utilizar a estratégia de análise fundamentalista.
Ela não é extremamente alta, mas é preciso transpô-la caso você queira usar esse método.
#2 – Viesses emocionais
Ao analisarmos uma empresa, podemos acabar nos deparando com algumas variáveis que impactam diretamente a nossa tomada de decisão de compra e venda de ativos.
Isso geralmente tende a acontecer com as variáveis qualitativas, aquelas que são mais difíceis de medir ou mensurar.
Ao nos apoiarmos demais nesses aspectos, podemos cometer o erro de sermos guiados apenas pelas “emoções” – ou o sentimento excessivamente positivo ou negativo de que uma empresa pode prosperar ou não.
Esse é o perigo dos vieses emocionais.
Isso geralmente acontece quando as pessoas se “apaixonam” pelas empresas que investem, tornando-se cegas para as variáveis que podem apontar para situações nada favoráveis.
Acredite você ou não, isso acontece com bastante frequência.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA X ANÁLISE TÉCNICA
Juntamente com a análise fundamentalista, a análise técnica é outro método muito utilizado pelos investidores da bolsa de valores.
Porém, essas são estratégias completamente diferentes.
Para mostrar o contraste entre elas, vou apontar as principais características da análise técnica, que ainda vai ganhar um artigo completo aqui no Clube do Valor.
#1 – Utilização de gráficos para análise
A análise técnica se apoia no uso de gráficos com base na variação do preço das ações das empresas.
Com base em tendências, os especuladores – como são chamados os que se utilizam dessa análise – tentam prever o preço das ações, em queda ou em baixa, e se aproveitam desses movimentos.
#2 – Horizonte temporal de curto prazo
Diferente da análise fundamentalista, os especuladores visam o ganho no curto prazo.
Isso pode significar semanas, dias, horas ou até minutos.
#3 – Inconsistência de ganhos
Nós, do Clube do Valor, não acreditamos na possibilidade enriquecer de forma consistente utilizando a análise técnica.
Em especial, quando você utiliza o mercado de ações em busca de resultados de curto prazo.
É como acreditar que podemos ficar ricos jogando em um cassino.
É lógico que a história mostra que algumas pessoas podem ter conseguido isso.
Da mesma forma que jogos de azar podem ter rendido fortunas para alguns.
Porém, de forma consistente, é impossível ganhar utilizando-se apenas análise técnica.
Embora saibamos a importância dos especuladores para o mercado financeiro – que dão liquidez para vários ativos – nós não apoiamos essa forma de investimento.
O QUE AS PESSOAS PERGUNTAM SOBRE ANÁLISE FUNDAMENTALISTA?
#1 – Quanto ganha um analista fundamentalista?
Neste ponto, é importante fazer uma distinção.
Ao falar de analista fundamentalista, podemos estar falando de duas ocupações diferentes:
- O investidor que utiliza a análise fundamentalista
- E a profissão de analista de investimentos
No primeiro caso, é difícil mensurar os ganhos.
Afinal, tudo vai depender da estratégia utilizada e de quão bem o investidor vai aplicá-la no mercado.
No caso da profissão de analista de investimentos, a faixa salarial, de acordo com o site Love Mondays, vai de R$ 1.029 a R$ 18.162.
#2 – O que é a análise fundamentalista de ações?
A análise fundamentalista de ações é uma das principais vertentes para quem está estudando a bolsa de valores.
Esse método leva em consideração os fundamentos da empresa, considerando aspectos que vão ajudar a projetar os resultados futuros da ação e determinar um preço justo para a compra e venda dos papéis.
#3 – Qual a diferença da análise técnica e fundamentalista?
A análise técnica é o extremo oposto da análise fundamentalista.
Enquanto uma se apoia no valor intrínseco das empresas, a outra se apoia em gráficos e projeções de preços.
A análise técnica é voltada para os especuladores que procuram ganhar dinheiro no curto prazo (sem garantias).
Já a análise fundamentalista oferece grandes chances de ganhos no longo prazo, desde que utilizando-se de uma boa estratégia de investimentos.
CONCLUSÃO: UTILIZAR A ANÁLISE FUNDAMENTALISTA É A MELHOR FORMA DE ENCARAR A BOLSA DE VALORES
A análise fundamentalista definitivamente é a melhor forma de enxergar o investimento em renda variável.
Esse é o método que traz maiores chances de ganhos no longo prazo e não oferece os riscos de curto prazo da análise técnica – que ainda será discutida por aqui.
Nós, do Clube do Valor, acreditamos tanto na análise fundamentalista que criamos uma estratégia própria de investimento em ações baseada nela.
O Método Clube do Valor de Seleção de Ações leva em consideração alguns dos indicadores fundamentalistas muito usados em algumas análises.
Usando essa estratégia, seria possível obter um rendimento de 61.864% entre os anos de 1996 e 2017.
Nesse mesmo período, o Ibovespa teria rendido “apenas” 1.872%.
E para que você se prepare para utilizar essa técnica, vou te entregar agora o nosso e-book “3 Segredos Para o Investimento de Sucesso em Ações”.
Aproveite todo o conteúdo que estou te entregando e avance ainda mais em direção à sua independência financeira!
Compartilhe este artigo, se você gostou do conteúdo e comente abaixo o que você achou da análise fundamentalista.
[thrive_leads id=’3775′]
Eu vou ficando por aqui.
Um forte abraço,
Ramiro Gomes Ferreira.