No ambiente globalizado de hoje, os investidores estão à procura de formas de diversificar seus portfólios além das fronteiras. Investir em renda fixa no exterior é uma maneira estratégica de fazer isso. A renda fixa é um dos principais instrumentos de investimento e pode ser usada para aumentar os retornos, diminuir a volatilidade e diversificar um portfólio.
Neste artigo, veremos como os investimentos em renda fixa internacional podem ajudar os investidores a expandir os horizontes de investimento de maneira responsável. Boa leitura!
Entendendo a renda fixa internacional
A renda fixa no exterior é uma estratégia de investimento cada vez mais comum entre os investidores globais. É uma maneira eficaz de diversificar e expandir os investimentos de uma carteira de ações, obtendo exposição às economias desenvolvidas e emergentes.
Conceitos básicos e fundamentos
A renda fixa internacional refere-se a qualquer título de dívida emitido no exterior em uma moeda estrangeira com um rendimento fixo. Os títulos de dívida incluem títulos do governo, títulos corporativos e títulos hipotecários. Estes títulos são emitidos por qualquer uma das economias desenvolvidas ou emergentes que têm capital aberto.
Vantagens da diversificação global
A diversificação global é uma das principais vantagens da renda fixa internacional. Ao investir em títulos de dívida de vários países, você tem a oportunidade de reduzir seu risco de investimento, já que aumenta a sua diversificação. Além disso, a diversificação global oferece proteção contra os efeitos da inflação local, pois os títulos de dívida estrangeiros pagam juros em moeda forte.
Mercados-chave para renda fixa no exterior
Os principais mercados globais de renda fixa oferecem diferentes níveis de liquidez, volatilidade, rendimentos e diferentes estruturas de títulos. Os mercados de renda fixa no exterior oferecem opções de diversificação para renda e proteção contra a inflação, além de ajudar a reduzir o risco geral de um portfólio.
Os principais mercados para investimento em renda fixa no exterior incluem a América do Norte e a Europa. A América do Norte é composta pelos Estados Unidos, o Canadá e o México, enquanto a Europa abrange todos os países do continente europeu. Estes mercados são considerados estáveis, pois possuem governos estabilizados e infraestrutura financeira estável.
Além disso, os mercados emergentes também estão atraindo cada vez mais investidores em renda fixa internacional. Estes mercados oferecem retornos mais altos, mas também requerem um nível de risco mais alto para compensar. Os principais mercados emergentes, onde os investidores estão procurando investir, incluem a Ásia, a África e a América Latina.
América do Norte e Europa
Mercados de títulos de dívida nos Estados Unidos e no Canadá são considerados como os mais maduros e líquidos do mundo. Os títulos emitidos pelo governo dos EUA são considerados títulos soberanos de qualidade de crédito AAA, oferecendo baixo risco de crédito. Os mercados de títulos públicos da Europa também oferecem oportunidades de diversificação para investidores internacionais. Estes incluem a Alemanha, a Suíça, a França, a Itália e a Grã-Bretanha.
Mercados emergentes
Os mercados emergentes oferecem investimentos em renda fixa com rendimentos atraentes. Muitos destes mercados foram aumentando a liquidez e melhorando a qualidade de crédito ao longo dos últimos anos. Estes mercados incluem países como Brasil, México, África do Sul, Turquia, Índia, China, Tailândia e Indonésia.
Devido aos seus riscos, os investidores devem considerar com cuidado a dívida corporativa de mercados emergentes.
Como investir em renda fixa internacional
Existem duas maneiras principais de investir em renda fixa internacional: por meio de fundos de investimento e investindo diretamente.
Ao investir por meio de fundos de investimento, o investidor seleciona um fundo que investe em títulos de dívida de vários mercados globalmente. Já investir diretamente em renda fixa internacional requer um conhecimento profundo dos mercados globais, pois as escolhas individuais são fundamentais para obter um bom retorno.
Por meio de fundos de investimento
Investir em fundos de renda fixa internacional é uma estratégia popular para diversificar seus investimentos, aproveitando a exposição global a diversos mercados e títulos. Os ETFs são um fundo de investimento e uma das formas mais fáceis de investir em ativos internacionais.
Eles replicam determinado ativo ou índice financeiro. No caso dos ETFs de renda fixa americana, por exemplo, o gestor aloca o patrimônio do fundo em ativos como bonds. Dependendo da estratégia do fundo, os ativos que o compõem podem ser de um ou outro título, também variando na quantidade do portfólio. Para o investidor brasileiro, também é possível investir em BDRs de ETFs de renda fixa internacionais, disponíveis na B3.
Esta abordagem é comumente utilizada por investidores iniciantes. Os fundos de investimento são gerenciados por profissionais e monitorados regularmente para assegurar o melhor retorno possível.
Investindo diretamente
Outra forma de investir em renda fixa no exterior é investir em títulos diretamente. Existem várias opções de títulos de renda fixa internacionais disponíveis, como títulos do governo, títulos corporativos, títulos de crédito privado e títulos estruturados.
Como investidor, você pode aproveitar a oportunidade de aumentar a diversificação e a exposição a mercados internacionais, investindo diretamente em títulos de renda fixa. No entanto, é importante lembrar que investir diretamente em títulos internacionais apresenta riscos significativos, pois está sujeito às flutuações cambiais.
Ao contrário dos fundos de renda fixa internacionais, investir diretamente em títulos de renda fixa exige conhecimento e experiência em investimentos globalmente diversificados. Você também precisará escolher os títulos certos para sua estratégia de investimento global, o que significa entender os mercados de renda fixa internacionais e suas nuances.
No caso do mercado americano, por exemplo, é possível investir nos seguintes títulos de renda fixa:
- Treasury bonds: são classificados como um investimento “livre de risco”, já que são emitidos pelo governo federal dos EUA (teoricamente, o emissor mais seguro do mundo). Eles são equivalentes ao Tesouro Direto brasileiro, pois eles são uma forma de emprestar dinheiro para o governo americano em troca de uma rentabilidade futura;
- Corporate bonds: são títulos de crédito privado, isto é, emitidos por empresas para captação de recursos. Esses títulos são semelhantes às debêntures brasileiras;
- Certificate of Deposit (CD): são certificados de depósitos emitidos por instituições financeiras americanas, semelhantes aos CDBs brasileiros.
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Riscos e considerações
Investir em renda fixa internacional pode ser lucrativo, mas há alguns fatores a considerar antes de embarcar em uma estratégia global diversificada. É importante ter em mente os riscos e considerações relacionados ao investimento em renda fixa internacional.
Risco cambial
O risco cambial é um risco importante a considerar ao investir em mercados de renda fixa no exterior. O movimento do preço das moedas pode afetar a rentabilidade dos investimentos em diferentes mercados. É possível que o investidor possa ver a sua carteira de investimento em renda fixa ser afetada negativamente por flutuações no valor da moeda estrangeira.
Risco político e econômico
Ao investir em renda fixa internacional, deve-se estar ciente dos riscos políticos e econômicos associados a cada mercado. É importante entender as principais tendências do mercado, principalmente analisando o seu histórico de desempenho. Lembrando que desempenho passado não é garantia de desempenho futuro, mas é um guia para entendermos como determinado mercado se comportou diante de diferentes cenários.
Além disso, é importante analisar as políticas e regulamentos de cada mercado. Por exemplo, é necessário considerar as suas perspectivas econômicas, bem como sua estabilidade política.
Benefícios e desvantagens
Investir em renda fixa no exterior pode oferecer grandes benefícios para aqueles que buscam diversificar seus investimentos globais. Entre os benefícios estão proteção contra a inflação e diversificação.
Diversificação e proteção contra a inflação
Ao investir em títulos de renda fixa emitidos por muitas economias diferentes, os investidores estão adquirindo proteção contra a inflação. Isso significa que eles se beneficiarão do aumento dos preços em outras economias, o que pode compensar as perdas que eles podem sofrer em sua economia doméstica.
Além disso, investir em títulos de renda fixa emitidos por economias diferentes pode ajudar a aumentar a diversificação global, o que pode ajudar a minimizar o risco e maximizar os retornos. Isso pode ajudar os investidores a obter um retorno mais estável, já que a diversificação pode compensar possíveis perdas em um mercado ou um grupo de mercados.
Complexidade e custo
Apesar dos benefícios, investir em renda fixa no exterior pode ser mais complexo e custoso do que investir em títulos de renda fixa domésticos. O investidor precisará estar ciente de todos os regulamentos, impostos e outras complicações que possam surgir com o investimento em títulos de renda fixa em mercados estrangeiros. Além disso, existem custos de aquisição e manutenção que podem ser associados com investimentos em títulos no exterior.
Aspectos fiscais e regulatórios
Investir em renda fixa no exterior pode ser uma ótima maneira de diversificar a carteira de investimentos, mas existem vários aspectos fiscais e regulatórios que devem ser considerados antes de tomar essa decisão. É importante entender as implicações fiscais e regulatórias do investimento em renda fixa internacional para evitar problemas legais e aumentar os retornos.
Tributação sobre rendimentos no exterior
A tributação sobre os rendimentos obtidos com o investimento em renda fixa no exterior depende do país em que o investimento foi realizado. Alguns países exigem pagamento de impostos sobre o capital investido e seus juros e outros não. É importante entender se a renda obtida estará sujeita a dois impostos ou apenas um. Além disso, estes rendimentos estão sujeitos a tributação no país onde foram obtidos, assim como no Brasil.
No Brasil, as aplicações financeiras feitas no exterior por pessoa física são tributadas uma vez por ano, na seguinte alíquota:
- 0% para rendimentos de até R$ 6 mil por ano;
- 15% para rendimentos de R$ 6 mil a R$ 50 mil por ano;
- 22,5% para rendimentos acima de R$ 50 mil por ano.
Além disso, há outro imposto que precisa ser levado em consideração na hora de investir no exterior: o IOF. Se o câmbio for enviado para uma conta de investimento, no qual os valores possuem uma finalidade de transação, a alíquota é de 0,38%. Agora, caso seja enviado para uma disponibilidade em uma conta corrente fora do Brasil, a alíquota é de 1,1%.
Regulamentos e compliance
Além dos impostos, os investidores também devem ter cuidado com os regulamentos e requisitos de compliance do país. O investidor precisa entender quais são os regulamentos governamentais e as leis que regem o investimento. Algumas leis governamentais já estabelecidas podem limitar o investimento ou torná-lo ilegal, portanto é importante verificar as leis locais antes de investir.
Além disso, alguns países exigem que os investidores sejam residentes locais para investir em títulos de dívida. Se o investidor não for um residente, ele poderá precisar obter uma licença especial para investir. O investidor também precisa verificar se o produto de investimento está registrado e regulamentado no país em questão.
Para garantir um investimento legal e bem-sucedido, é importante que os investidores entendam os aspectos fiscais, regulatórios e legais do investimento em renda fixa no exterior. É importante considerar todas as implicações e perguntar a profissionais qualificados para ter a certeza de que o investimento é legal e seguro. Por isso, converse com nossa equipe de especialistas em wealth advisor para montar a sua carteira de investimentos ideal.