Você já ouviu falar que, para vencer na Bolsa, você precisa “comprar na baixa e vender na alta?”
Então eu posso te confirmar: para ter alta rentabilidade no longo prazo, essa estratégia faz muito sentido!
E é por isso que, neste artigo, eu vou te ensinar as duas estratégias que eu uso na minha carteira pessoal e nas dos meus clientes de gestão, para aumentar muito as minhas chances de comprar ações baratas e vender as caras!
Aliás, essas estratégias não servem apenas para Ações, mas você também aplicar essa lógica aos Fundos Imobiliários, às Ações norte-americanas e em sua carteira inteira!
Dessa forma, você poderá aproveitar seus investimentos da melhor forma possível, tendo o máximo de retorno por capital investido possível!
Parece interessante para você? Então acompanha esse artigo muito especial que eu sei que vai te fazer investir muito melhor daqui para a frente!
O QUE FAZER ANTES DE COMEÇAR A INVESTIR EM AÇÕES?
Antes de te ensinar essas técnicas, eu preciso esclarecer algumas coisas!
Primeiramente, essas estratégias não servem para quem tem a intenção de girar diariamente ou de forma muito constante a sua carteira.
Meu método de investimento não tem o foco em ganhos de curto prazo e não serve para quem quer “ganhar um dinheirinho na Bolsa”.
Eu acredito na Bolsa de Valores como a melhor forma de multiplicar o patrimônio no longo prazo, mas não em períodos menores de 5 anos – ainda mais visto que a bolsa já passou 60 meses andando “de lado” ou até no negativo.
Portanto, ter foco e objetivos de longo prazo (mais de 5 anos) é essencial para o uso dessas estratégias.
Além disso, também é preciso:
- Não ter dívidas caras
- Ter um conhecimento básico do mercado
- Ter tolerância ao risco
- Ter sua reserva de emergência feita
Para entender melhor como cumprir esses passos e demais cuidados que você deve ter ao investir na Bolsa, recomendo a leitura desse artigo!
Presumindo que você passa em todos esses pontos, podemos seguir para os dois passos para comprar ações baratas e vender as caras!
PASSO #1 – A ESTRATÉGIA DE ALOCAÇÃO DE ATIVOS
“Compre ao som dos canhões, venda ao som dos violinos”
Essa frase, atribuída ao grande investidor Warren Buffett, explica em poucas palavras o racional da Estratégia de Alocação de Ativos!
Essa estratégia consiste da divisão de sua carteira de investimentos em diversas proporções diferentes, observando aspectos como o prazo de seus objetivos e sua tolerância ao risco.
Assim, você cria uma carteira “alvo”, com as proporções ideais que os diferentes tipos de investimento devem ter em seu portfólio para que você fique confortável e com rendimentos condizentes com os seus objetivos.
Assim, você faz seu primeiro investimento respeitando essa proporção, e, em seus aportes mensais, você pode comprar mais do que está abaixo do alvo (o que caiu, ou está barato) e vender aquilo que ficou acima da proporção ideal (que subiu, ou está caro).
Aqui no Clube do Valor, usamos 6 tipos de ativo para fazer essa divisão:
- Renda Fixa Prefixada
- Renda Fixa Pós-Fixada
- Renda Fixa atrelada à Inflação
- Ações brasileiras
- Ações norte-americanas
- Fundos Imobiliários
Para deixar mais claro, vou usar como exemplo minha própria carteira.
Minha alocação de longo prazo (que não inclui minha Reserva de Emergência, que está em Renda Fixa Pós-Fixada) é 100% renda variável.
Isso porque eu sinto que tenho tolerância ao risco suficiente para aguentar mais oscilações de mercado do que a maioria das pessoas.
E essa minha carteira está dividida em partes iguais de ações brasileiras, norte-americanas e Fundos Imobiliários:
Assim, eu possuo um alvo claro: manter minha alocação em 33% ações BR, 33% ações EUA e 33% FIIs.
Porém, vamos imaginar que um trimestre passou, o mercado oscilou e minha alocação ficou assim.
Agora, as ações norte-americanas subiram e assumiram uma proporção maior da minha carteira do que deviam (passaram de 33% para 40%).
Ficaram caras.
Já as ações brasileiras e os Fundos Imobiliários caíram (para 28% e 32%, respectivamente).
Estão mais baratos.
Respeitando minha alocação ideal, agora eu posso fazer o rebalanceamento buscando novamente o meu “alvo”.
Ou seja, vou vender algumas ações dos EUA (vender na alta) e usar esse dinheiro para comprar algumas ações brasileiras e FIIs (comprar na baixa).
Confira o nosso conteúdo sobre qual o valor justo de uma ação para ter mais noções do tema.
Descobrir sua alocação ideal é um exercício de autoconhecimento que pode dar algum trabalho, mas a clareza sobre as decisões que essa estratégia te dará vai valer a pena!
Isso tudo além de ela te ajudar a comprar ações baratas e vender as caras (além de outros tipos de investimento também)!
Deixo aqui um vídeo no qual explico um pouco mais sobre o funcionamento desta que é, na minha opinião, a melhor estratégia de investimentos que existe!:
Uma vez que você entender bem esse conceito, pode passar para a segunda dica de hoje: o Deep Value Investing!
PASSO #2 – O DEEP VALUE INVESTING (COMO COMPRAR AÇÕES BARATAS)
“Ou a ideia de comprar uma moeda de um dólar por 40 centavos te convence imediatamente, ou não convence nunca”
Essa frase, por sua vez atribuída a Benjamin Graham, resume bem o racional da famosa teoria de Deep Value Investing, ou Investimento em Valor Profundo, em português!
Se você já segue o Clube do Valor há algum tempo, já sabe que a nossa estratégia de seleção de ações, o Deep Value Investing, funciona.
Se não sabia, o gráfico abaixo ilustra bem isso!:
Esse é o resultado de uma carteira de 20 ações selecionadas por esse método (linha verde) versus o Ibovespa (vermelho), o IBRx-100 (amarelo) e o CDI (azul) desde 1996.
Bem impressionante, não?
Não é à toa que ela é a estratégia utilizada por alguns dos maiores investidores da história, como Walter Schloss, Warren Buffett, Joel Greenblatt e Benjamin Graham.
Mas por que ela funciona tão bem?
O segredo está no seu racional.
O Deep Value Investing segue a premissa de que os mercados não são totalmente eficientes.
E isso faz com que muitas ações fiquem precificadas acima ou (mais importante ainda) abaixo do seu valor real.
Seja por perspectivas ruins para o seu setor, problemas na administração ou descrença sobre o futuro da empresa, os preços de diversas ações caem muito o tempo todo (inclusive mais do que deveriam).
Dessa forma, se você comprar uma ação descontada em relação ao seu valor real, e se as expectativas do mercado sobre ela não se concretizarem e ela der bons resultados, você pode ganhar bastante no longo prazo.
É importante dizer que isso não é o mesmo que comprar ações de empresas que dão prejuízo, que estão em recuperação judicial ou cujos papéis valem centavos.
Nós usamos critérios claros para a montagem de um “Ranking de Ações” por Value Investing, que são:
- Primeiro, a ação deve ter mais de R$ 200 mil de liquidez diária (ser bem negociada)
- Depois, removemos empresas com Margem Ebit negativa do ranking (que estão dando prejuízo)
- Ranqueamos as restantes por TEV/Ebit (razão do Valor Total da Firma [Valor de Mercado + Dívida Líquida] e o Resultado Operacional dela no último período)
- Compramos as 20 com TEV/Ebit mais baixo e rebalanceamos a carteira trimestralmente
Simples assim.
É importante mencionar, também, que essa estratégia não funciona sempre. É claro que não.
Algumas vezes você vai comprar uma ação barata e ela cairá ainda mais, te fazendo perder dinheiro.
Não há estratégia perfeita.
Porém, mesmo quando o Value Investing vai mal, é uma boa estratégia.
Isso porque, comprando ações descontadas, se elas forem realmente mal, elas têm “menos espaço para cair”, pois o mercado já as estava precificando de forma bem pessimista.
Então, essa filosofia une amplos potenciais de ganhos e boa redução de perdas!
E, além disso, a forma como ela é aplicada te direciona a comprar ações baratas e a vender as caras!
Se você tem interesse em entender mais a fundo o funcionamento dessa estratégia, recomendo esse artigo nosso!
INVESTINDO EM AÇÕES DA FORMA CERTA
Eu tenho certeza que, com essas duas estratégias, você terá muito sucesso em seus investimentos na Bolsa, comprando ações baratas e vendendo as caras!
A Estratégia de Alocação de Ativos é de grande utilidade para todos os investidores, e eu tenho dificuldade de pensar em uma situação na qual eu não a recomendaria para alguém.
Já o uso do Value Investing pode ser uma questão de preferência pessoal, visto que as estratégias de stock picking dependem muito das crenças do investidor.
Porém, eu acredito realmente que o foco que você deve ter para fazer boas escolhas de investimento deve ser em seguir uma estratégia clara – seja ela qual for!
Só assim você terá clareza e segurança sobre quando comprar e vender ações.
Portanto, foque em encontrar uma estratégia que te deixe confortável e faça sentido para você.
INVISTA COM O CLUBE DO VALOR
Se você se sente mais confortável com um apoio maior para te ajudar a seguir uma estratégica clara na compra e venda de ações e executar um plano no longo prazo, o serviço de Advisor é ideal para você!
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