Você gostaria de obter retornos muito acima da média do mercado? Então eu te pergunto: já pensou em investir em empresas, antes mesmo de elas entrarem na Bolsa de Valores?

Participar do crescimento de empresas como o Nubank, a Intelbras e muitas outras com resultados expressivos, pode ser mais simples e rápido do que você imagina.

O investimento em Private Equity, empresas de capital fechado e que ainda não possuem ações no mercado de bolsa, pode trazer retornos significativos para sua carteira, e estão mais acessíveis hoje do que nunca. 

Neste texto, vou te mostrar a visão do time de gestão do Clube do Valor sobre como diversificar a sua carteira com esse tipo de investimento e quais são as principais formas de investir em startups. Além disso, quais são os riscos e desafios que você pode encontrar. Vamos lá?

O que são Startups?

O que são startups?

Antes de começar a investir em algum ativo no mercado financeiro, sempre busque conhecer bem o que dá sustentação ao mesmo. Quando falamos em investir em Startups, estamos falando de financiar o crescimento de empresas que se encontram em fase inicial.

Normalmente, elas buscam a validação do seu modelo de negócios ou atingir um ganho de escala. Aumentando, assim, sua base de clientes e infraestrutura.

Empresas neste estágio de crescimento precisam de capital para realizar esse processo de expansão. Portanto, necessitam de apoio de pessoas como você, investidor! E claro, buscam remunerar bem esse apoio com os resultados da valorização dos seus negócios. 

Qual a probabilidade de uma startups durar?

O Censo StartSe é um mapeamento do ecossistema das principais startups brasileiras. Segundo a pesquisa realizada em 2017 – com mais de 700 empresas – o período de duração em que uma empresa é considerada startup varia entre dois e três anos.

Contudo, ele pode se estender por tempo indeterminado. Além disso, não é incomum encerrar as operações mais cedo devido a falência da empresa.

É bom investir em uma startup?

O principal fator que atrai os investidores é o fato de que, na teoria, esse investimento possibilita ganhos ilimitados. Aqui, o céu é o limite.

O que significa que uma empresa investida pode se valorizar em 5, 10, 15, 20 ou até mais de 30 vezes. Esse fator também existe nos investimentos realizados em empresas listadas na Bolsa de Valores. Contudo, é muito mais difícil para uma empresa que vale 1 bilhão de reais duplicar de tamanho comparado com uma empresa que vale 1 milhão, não é mesmo?

Assim, é necessário ter claro que o investimento em startup é um investimento em Renda Variável. Assim como o investimento em Bolsa, ele varia conforme a empresa demonstra resultados ou não, e também não possui um retorno garantido, como o retorno da Renda Fixa.

Portanto, ele é um investimento de alto risco, podendo zerar o seu valor investido caso a empresa venha a encerrar suas atividades.

Com isso, ressaltamos a importância de uma boa escolha na hora de realizar o investimento, assim como a diversificação do investimento em mais de uma empresa. Lembre-se: segundo dados coletados pela Startup Farm (programa de aceleração de startups), três a cada quatro startups não completam o seu quinto ano de existência.

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Quanto investir em uma startup?

Assim como com qualquer outro tipo de investimento, ele deve ser limitado a somente parte de sua carteira. Acreditamos que é importante que você defina qual o percentual do seu patrimônio gostaria de investir em cada classe de ativos que você possui. Dessa forma, equilibrando esses valores entre tipos de investimento descorrelacionados.

Um exemplo disso seria uma carteira que possui ações brasileiras e americanas, fundos imobiliários e o investimento em startups. 

Dito isso, mesmo tendo incríveis potenciais de retorno, por ser um ativo de alto risco, não recomendamos que esse tipo de investimento passe de 3% de sua carteira de longo prazo. Portanto, se você possui 1 milhão de reais investidos, existe espaço para 30 mil reais de investimento.

Qual a porcentagem de um investidor?

Em um investimento como esse, a porcentagem pode variar dependendo de qual é a oferta pública da startup nesta rodada de captação.

A empresa possui a liberdade para escolher qual percentual de seu capital que gostaria de abrir a novos sócios. Definindo, assim, quanto cada novo sócio terá de valor da empresa por real investido.

Como investir em startups com pouco dinheiro?

Hoje, existem diferentes formas de aportar capital em uma empresa deste tipo. Abaixo vamos comentar um pouco mais sobre elas.

Mas, saiba que as plataformas mais populares trabalham com um investimento mínimo na casa de 1 mil a 3 mil reais por empresa investida.

Quais são os tipos de investimento mais comuns em startups?

investimento em pequenas empresas

Como dito acima, existem várias formas de investir em startups. Portanto, você pode escolher a que mais vai de encontro com os seus objetivos e com seu modo de investir. Veja:

Equity Crowdfunding

O tipo mais comum e popular de investimento é o que chamamos de equity crowdfunding; ou financiamento coletivo.

Nele, se junta um grupo de investidores – normalmente por meio de plataformas digitais – para investir diferentes valores na empresa. Funciona de forma parecida com uma oferta que você encontra em seu Home Broker.

Investidor Anjo

Além do Equity Crowdfunding, ainda temos o investimento por meio de investidor anjo.

Nessa modalidade, profissionais com alta expertise e altos valores para investir tem a possibilidade de se tornar um dos sócios do negócio.

Aqui, é comum que as empresas busquem o que chamamos de “Smart Money”, onde a empresa não só recebe o aporte de capital, como também conta com a expertise do investidor para melhorar a gestão e utiliza de suas redes de contato para isso.

Capital semente

Uma terceira forma interessante é por meio do investimento seed, ou capital semente.

Essa forma é característica de empresas que já passaram por algum investimento anjo e não precisam de tanto capital para abrir uma oferta em um crowdfunding.

Portanto, buscam um investidor para os primeiros esforços de ganho de escala. Normalmente são investimentos que giram em torno de 500 mil a 2 milhões de reais.

Séries A, B, C, D, E…

Para completar, depois dessas fases já mencionadas, a empresa pode passar pelo que chamamos de Séries A, B, C, D, E…

Esse tipo de movimento é realizado pelas empresas para trabalhar com maiores valores de captação em uma fase mais intensiva de crescimento. Normalmente, é aqui que começam a entrar os fundos de venture capital, com aportes de valores mais expressivos.

Qual a melhor forma para investir em startups?

De forma prática – caso você ainda não tenha contato com esse mundo do empreendedorismo – recomendamos que comece estudando melhor o assunto.

Além disso, comece investindo valores menores por meio de crowdfunding – que costumam ser mais estruturados e acessíveis a investidores comuns.

Qual a melhor plataforma para investir em startups?

plataforma para investir em startups

Você pode utilizar de muitas plataformas hoje existentes no Brasil de forma simples. Aqui, vamos focar em duas das mais populares, a CapTable e a SMU, Start me Up.

Entrando nas plataformas, existe uma aba de ofertas. Nela, você poderá ter acesso às empresas disponíveis para investimento no momento.

É importante que você analise alguns aspectos antes de realizar qualquer movimento:

  1. Entenda se o modelo de negócios e o valor que a empresa entrega faz sentido para você e tem potencial para sucesso no futuro – busque entender mais sobre o mercado dela por meio de estudo e benchmarks;
  2. Compreenda se o valuation, valor ao qual a empresa está sendo vendida, condiz com seus resultados passados e potencial de crescimento;
  3. Entenda os resultados passados e indicadores disponíveis para análise nas plataformas, assim como as projeções e estratégias de crescimento;
  4. Por fim, estude um pouco melhor sobre o time que compõem essa empresa, sua expertise, complementaridade e engajamento.

Onde encontrar investidores para startup?

Se recomenda que você procure conversar com outros investidores da empresa e do universo de startups em geral. Ambas as plataformas citadas acima possuem canais para que você possa conversar com os sócios, com a empresa e também se candidatar a receber investimento – caso sua empresa esteja nesta etapa de crescimento também.

Por fim, se você busca alcançar retornos acima da média do mercado, sempre busque conhecer bem os ativos no qual está investindo, assim como seu risco e horizonte de retornos.

Não busque uma classe de ativos que te deixe rico em poucos meses, ou soluções milagrosas para te render mais de 1% ao dia. Sua carteira deve ser diversificada, possuir uma estratégia clara, com regras bem definidas, que não te geram dúvidas quando algo não ocorrer conforme imaginado.

Como sempre falamos, comprar um ativo – investir em algo – é apenas o primeiro passo. Depois disso, vem a manutenção dos seus investimentos.

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Ah, e antes que eu finalize o texto por aqui: se você quer ir atrás da sua carteira ideal, mas sente que não tem conhecimento o bastante para fazer todos os aportes e decisões necessárias, você não precisa fazer isso sozinho.

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Referências: