Se você é minimamente ligado em gerenciar as finanças, ou se já tentou isso algum dia, sabe que todo mundo indica fazer uma Planilha de Gastos.
Esse conselho não é o único que funciona, e eu já vi pessoas conseguirem se organizar lindamente no caderninho, ou com aplicativos online.
Mas não é à toa que essa é a forma mais sugerida: ela é altamente personalizável e de fácil implementação.
Hoje, eu quero ajudar você a achar a planilha perfeita, ou a construir a sua do zero.
Isso mesmo, neste texto, vou te guiar pelo caminho sagrado das planilhas financeiras – é brincadeira, mas com uma pontinha de verdade: essa é a forma que pessoalmente uso para administrar meus gastos, e acredito que você também pode se apaixonar por elas.
O que é uma planilha de gastos mensais?
Uma planilha de gastos mensais é como uma lista que centraliza todas as contas que você tem, bem como os investimentos e outras coisas que queira fazer com seu dinheiro.
Ao mesmo tempo, ela funciona como um planejamento do que virá e como um registro do que já passou. Dessa forma, lhe mostrará com clareza o fluxo que o seu dinheiro está seguindo.
Para que serve uma planilha de gastos mensais?
Indo mais a fundo, podemos destacar alguns motivos para você ter uma planilha de gastos mensais. Olha só:
1. Organização financeira
Se você sente que não consegue se organizar, ou que a sua vida financeira está um caos, iniciar uma planilha de gastos pode ser o primeiro passo rumo a assumir o controle financeiro da sua vida.
Muita gente refere que conseguir gerenciar bem as finanças é como a primeira parada na estrada rumo à maturidade. Se você quer se sentir adulto, e ter autoridade sobre o seu patrimônio, comece por aqui.
2. Resolver problemas financeiros
Uma planilha por si só não irá resolver os seus problemas financeiros, mas indicará o caminho.
É como quando você está em um quarto escuro e acaba batendo infinitamente em todos os móveis e objetos espalhados pelo cômodo.
Acender a luz não resolve a bagunça, mas já ajuda a não se machucar tanto, né?
A planilha é a sua forma de acender a luz na sua vida financeira.
3. Controle de gastos
Para que a sua vida financeira flua com naturalidade, uma regra básica deve ser seguida: gaste menos do que você ganha.
Para que seja possível colocar esse princípio em prática, você precisa saber o quanto gasta, concorda comigo? É aqui que a Planilha de Gastos Mensais entra. Ela irá te esclarecer o quanto você está gastando a cada mês.
4. Evitar dívidas
Uma vez que você sabe o quanto gasta mês a mês, e consegue prever como será a situação nos meses seguintes, é mais fácil evitar as dívidas.
Se você conhece o seu orçamento e consegue ter essa previsibilidade, dizer não a coisas desnecessárias é mais natural e menos sofrido.
5. Conseguir conquistar objetivos financeiros
Uma planilha de gastos mensais consegue ajudar você, até mesmo, na conquista dos seus sonhos.
Pensa comigo: se o seu objetivo é trocar de carro ou viajar nas suas férias, uma boa estratégia é destinar um valor mensal para essas metas.
Isso pode entrar como um gasto antes de você viver o mês. Assim, você garante que chegará mais perto do seu propósito.
6. Fazer bons investimentos
A melhor forma de conquistar objetivos financeiros é investir bem o dinheiro.
E, se você colocar esses investimentos na sua planilha, irá conseguir acompanhar a jornada e verificar se os investimentos estão alinhados com suas metas. Mais um ponto a favor da planilha de gastos mensais.
7. Mais visibilidade dos seus gastos reais
Todas essas vantagens podem ser resumidas como: você finalmente entenderá para onde está indo seu dinheiro. Ele não vai mais “sumir” e não dar notícias.
A partir de agora, você é que mandará nele, irá dizer para ele onde ir e o que construir. Terá um mapa completo dos seus gastos reais e poderá fazer ajustes para chegar mais perto do que quer de verdade.
Parece que o jogo virou, não é mesmo?
Onde criar uma planilha de gastos?
Uma das maiores preocupações de quem começa uma planilha de gastos mensais é a ferramenta para isso:
É melhor usar o Excel, já que é o mais recomendado?
Ou quem sabe vou no papel, para facilitar?
Mas eu uso o Google Drive, será que não deveria fazer a minha planilha no Google Sheets?
A resposta é simples, mas talvez um pouco contra intuitiva: use o que melhor funciona para você.
Se você é uma pessoa extremamente analógica, pode fazer mais sentido fazer tudo em um caderno exclusivo para isso. Já, se você tem a vida toda na mão do tio Google (como eu), usar o Google Sheets fará mais sentido.
Por isso, vamos ver cada uma das possibilidades:
1. Excel
Esse é o queridinho dos planejadores financeiros, especialmente porque calcula tudo de forma automática e pode, inclusive, te mostrar gráficos coloridos com as categorias em que você está gastando mais.
O Excel possui, também, a facilidade de edição das células – facilidade de excluir ou acrescentar linhas ou colunas, riscar as contas já pagas e acrescentar comentários.
Com ele, você pode ter acesso aos resultados mensais e ao balanço do ano de uma forma bem prática. Por outro lado, essas funcionalidades todas podem assustar quem não tem intimidade com o programa.
2. Google Sheets
Para quem gosta do armazenamento em nuvem, o Google Sheets (ou, em português, Google Planilhas) pode ser a ferramenta perfeita.
É como uma versão online do Excel, disponibilizada de forma gratuita para quem possui uma conta no Google.
Também oferece a facilidade de edição e análise dos dados, sem que fique atrelado a um computador ou notebook. É a maneira que a gente usa aqui no Clube do Valor.
3. Caderno
Eu sei que a tecnologia pode afastar muita gente da gestão financeira, mas calma: é perfeitamente possível fazer a sua planilha em um caderno.
Só é mais trabalhoso, mas esse trabalho pode até ser o que você precisa para levar a sua vida financeira a sério. Nesse caso, separe umas canetas e um lápis e mãos à obra!
Como montar uma planilha de gastos mensais? Passo a passo
Agora que você já escolheu a sua ferramenta favorita, vamos à parte prática. Caneta ou planilha a postos, eis o passo a passo do que você precisa fazer:
1. Busque referências
Nossa sugestão de começo para você é procurar modelos.
Faça uma pesquisa em outros conteúdos sobre o assunto, veja outros exemplos que funcionam e observe o que você pode utilizar na sua planilha.
Aqui, temos algumas sugestões para inspirar você. Também vale conversar com pessoas próximas sobre como eles fazem a organização financeira e aplicar na sua planilha o que fizer sentido.
Ainda, para te ajudar, o Clube do Valor criou um modelo completo e gratuito de planilha para você, que usamos com os nossos alunos, dá uma olhada:
2. Separe todos os seus gastos mensais
Faça uma lista com os seus gastos mensais. É mais fácil começar com os gastos maiores que acontecem todos os meses, como aluguel ou prestação da moradia, água, luz, celular, internet e outras.
Depois, passe para os demais gastos conforme for lembrando. Se você estiver fazendo no papel, deixe alguns espaços em branco para preencher com despesas que você não vai lembrar (acredite em mim: você vai esquecer de alguma coisa!).
3. Separe entre gastos fixos e mutáveis
Com a lista pronta, aproveite para classificar as despesas em fixas ou variáveis. Você pode utilizar uma coluna para anotar essa informação, ou classificar por cores diferentes.
Nos gastos fixos você tem menos possibilidade de economia, mas os mutáveis são mais fáceis de gerenciar. Manter uma parte do seu orçamento flexível é importante para que você consiga fazer adaptações conforme necessário.
4. Crie abas para os meses e colunas para dados básicos
Em vez de colocar os 12 meses do ano em colunas lado a lado (essa é a forma que eu mesma uso), uma organização que funciona para muita gente é separar os meses em abas.
Isso permitirá uma visão mais limpa da planilha, e facilitará para quem está fazendo no caderno. Mesmo com essa separação, se você possuir uma pequena habilidade com o programa, pode inserir uma aba com o total do ano, com a soma dos gastos mensais de cada categoria.
5. Insira os dados
Agora que já configuramos a planilha, é hora de inserir os dados. Você pode fazer um planejamento para o ano ou para o semestre. Conforme os gastos forem se realizando, você vai ajustando nos lugares certos.
Além disso, pode escolher fazer isso diariamente, semanalmente ou mesmo quinzenalmente. Essa atualização não demora muito (o mais trabalhoso já foi feito 🙌🏻).
6. Crie uma célula para somar os totais
Mesmo se você está utilizando a visualização de mês por aba, ou de meses um ao lado do outro, selecione uma célula ou estabeleça um lugar específico para somar os totais do mês por categoria e os totais anuais.
Isso garantirá que você enxergue possíveis sazonalidades dos gastos e a relação que eles possuem entre si. Se você gasta mais em restaurante, por exemplo, é provável que note uma diminuição nos gastos no supermercado.
7. Saiba os dados mais importantes de acompanhar
Eu sei que é impossível acompanhar todos os dados, afinal, você já tem muitas outras tarefas com que se preocupar. Por isso, elenque os dados mais importantes da planilha, de acordo com seus objetivos de vida.
Minha sugestão: acompanhe os aportes mensais nos investimentos e dados macro, como os fixos e uma grande categoria chamada “variáveis”. Isso evita que você precise categorizar todos os gastos.
Como distribuir os gastos mensais?
Por falar em categorização, pelo menos no início pode ser interessante você observar as macro e as micro categorias nas quais gasta seu dinheiro. Por aqui, usamos a seguinte divisão (mas você pode adaptar à sua realidade):
- Alimentação → inclui supermercado, almoços fora de casa, delivery e outros gastos com alimentação;
- Transporte → inclui prestação e seguro do carro, IPVA, combustível, estacionamentos e garagens, lavagem, manutenção em geral, transporte público, táxi/uber, pedágios, multas e outros gastos com transporte;
- Saúde e bem-estar → inclui médicos, dentistas e terapeutas, plano/seguro de saúde, farmácia, medicamentos, atividades físicas, estética em geral e outros gastos com saúde e bem-estar;
- Lazer→ inclui festas, bares, restaurantes e jantares, cinema, teatro, mensalidade de clubes, viagens, futebol e outros gastos com lazer;
- Educação→ inclui mensalidades de colégio e faculdade, livros, cursos, apps e gadgets;
- Habitação → inclui condomínio, aluguel ou prestação da casa, IPTU, água, luz, telefone, internet e TV, gás, empregados domésticos, seguro patrimonial, despesas com animais, manutenções diversas e outros gastos com habitação;
- Demais despesas → inclui compras diversas, roupas / calçados, seguro de vida, telefone celular, presentes, tarifas bancárias, doações, ajuda familiar, imprevistos em geral, taxas, impostos e outros gastos com demais despesas.
Qual a melhor planilha de gastos mensais gratuita?
Não existe planilha perfeita, já aviso. Mas a que mais chega perto da perfeição é a nossa, aqui do Clube do Valor, (estou rindo, mas é verdade).
Com ela você pulará várias etapas, porque já fizemos este trabalho para você. Depois de fazer o download (aproveita que é gratuito!), você só precisa personalizar as categorias (ou pode usar as nossas sugestões que já vem prontas), inserir os valores e voi-là, você poderá facilmente acompanhar para onde vai o seu dinheiro.
Na primeira aba, ficam as categorias de gastos – que são exatamente essas que já descrevi um pouco antes, bem como as categorias de receitas e de investimentos.
Já na segunda aba, você vai informar absolutamente todas as transações realizadas, com o sinal de negativo (-) para valores pagos e positivo (+) para valores recebidos. Você irá informar, ainda, em qual conta bancária houve movimento.
Automaticamente, o seu fluxo de caixa será atualizado na terceira aba contendo as despesas totais por mês, o saldo das contas e o resultado líquido (que é o quanto “sobrou” ou “faltou” no mês). Isso vai garantir o seu total controle financeiro! Clique aqui para ganhar a planilha:
Qual a melhor forma de organizar seus gastos e investimentos mensais?
É importante eu fazer um alerta aqui: mesmo a planilha mais completa não vai servir para você, se você não souber analisar os dados e não tiver compromisso com a sua vida financeira.
Mais importante do que economizar nos gastos, é aumentar a sua renda e investir de forma mais eficaz. A gente sabe que pode ser complicado fazer isso sozinho, então queremos te ajudar.
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*Os valores dependem da taxa de retorno da carteira e do patrimônio líquido de cada indivíduo.