“Não sabe?! Dá um Google!”.
Quem nunca usou essa frase no século 21 que atire a primeira pedra.
Hoje, o Google é a maior e principal fonte de pesquisa na internet. Aquele que sabe de todas as coisas. Na verdade, ele não sabe, mas te direciona muito bem pra quem sabe – até por isso que você está aqui 🙂
Classificado pela Forbes como a 13ª maior empresa do mundo – considerando vendas, lucros, ativos e valor de mercado – o Google (na verdade, Alphabet – já explico essa história) é controlador também do YouTube, Android, Waze e 70 outras marcas.
Neste artigo, vou te falar sobre as ações do Google para que você saiba de uma vez por todas quais são elas, seus valores, como comprar, se vale a pena e muito mais… Segue até o final do texto para entender:
Como começou a história do Google?
Vendo os números de sucesso do Google, não dá pra imaginar que a empresa chegou perto de fechar as portas.
Em 1996, Sergey Brin e Larry Page iniciaram o projeto do Google. A ferramenta de busca logo virou um sucesso: em 1998, a faculdade de Stanford (casa dos dois fundadores) já sugeria que eles fossem tocar a empresa fora dali.
Mas, apesar dos bons resultados, a empresa ainda não encontrava uma forma de gerar lucro com as pesquisas; o que a deixou muito próxima da falência.
Isso até conhecerem o investidor Bill Gross, que iniciou o projeto de vendas de palavras chave através do Google. A partir de 2000, as pesquisas começaram a ser direcionadas para sites de venda e o sucesso foi exponencial.
Após a abertura de capital em 2004, a empresa nunca mais deixou de ser lucrativa.
Hoje, seus serviços chegam a ser indispensáveis para a população mundial.
Já pensou em visitar um lugar desconhecido sem a ajuda do Google Maps ou do Waze, por exemplo? Ou como procurar aquele tutorial da sobremesa do domingo sem o YouTube? A ferramenta de pesquisa já está tão incorporada nas pessoas que virou até verbo: não sabe de algo? “Google it”; ou, “dá um Google”, em português.
Qual o nome das ações do Google?
O nome das ações do Google hoje é Alphabet. Na prática, nada muda: Alphabet é um conglomerado de empresas de tecnologia criado pelos próprios fundadores do Google para incluir outros negócios promissores no negócio.
No Brasil, chamamos essa estrutura de Holding de empresas – sabe o Itaú e a Itausa? É a mesma coisa. Graças a esse movimento, a empresa conseguiu incluir outras indústrias de tecnologia no conglomerado, como robótica, saúde e anti envelhecimento.
O que é BDR da Alphabet?
Para se tornar sócio, é preciso comprar BDR’s ou stocks da Alphabet. Com uma conta em uma corretora brasileira ou americana já é possível.
É só acessar o Home Broker e digitar o ticker GOGL34 ou GOGL35, caso seja uma corretora brasileira para ter acesso aos BDR’s. Já se sua corretora for americana, os tickers são GOOG e GOOGL para stocks.
Qual a cotação das ações do Google?
Veja no gráfica abaixo a cotação em tempo real das ações do Google:
Qual a diferença entre GOGL35 e GOGL34 ou GOOG e GOOGL?
A diferença é muito similar ao que chamamos de ações Ordinárias e Preferenciais no mercado brasileiro: a GOGL34 são ações do Tipo A (com direito a voto) enquanto a GOGL35 são ações do tipo C (sem direito a voto). Da mesma forma para stocks: GOOGL são ações do Tipo A e GOOG são ações do tipo C.
Apesar de agora ser Alphabet, o Google decidiu por manter seus antigos códigos de negociação.
Vale a pena investir em ações do Google?
Comprar ações é a parte mais fácil, acredite. Muitos investidores acabam tomando decisões emocionais sobre isso.
Principalmente, quando olham pro histórico das ações: o Google iniciou suas negociações em bolsa cotado a U$80. Hoje, o preço de uma ação está próximo aos U$ 2.300. Uma multiplicação de quase 29 vezes do capital inicial.
Mas, como vocês sabem, retorno passado não é garantia de retorno futuro.
Investidores que tomam decisões com base nesse tipo de dado caem no famoso viés da disponibilidade e acreditam que as ações continuarão a valorizar para sempre. Não é o que acontece.
O maior trabalho está em analisar se a empresa se encaixa na sua estratégia de investimentos. Vamos a algumas ideias que podem te ajudar:
Como saber se eu devo comprar ações do Google?
O crescimento das ações refletem o aumento dos principais números da empresa ao longo da sua história. Hoje, o Google tem um valor de mercado superior a 1,5 trilhões de dólares.
A empresa também é conhecida por manter sempre um caixa muito forte. Talvez por trauma de ter passado tanta dificuldade com isso no início da sua história. São mais de 130 bilhões de dólares disponíveis para a empresa.
Eles poderiam decidir quitar todas as suas dívidas e ainda sobraria 120 bilhões de dólares disponíveis para tocar os projetos. Essa fama de caixa tão forte foi possível graças ao crescimento recorrente e exponencial de sua receita.
Em 2009, a empresa faturou 23 bilhões de dólares. Hoje, a cifra já passa dos 250 bilhões, um aumento de quase 11 vezes. É como se você iniciasse sua vida profissional com um salário de 4 mil reais e, 10 anos depois, estivesse recebendo 44 mil por mês.
Para se ter noção ainda do tamanho da receita, o Google poderia comprar a Vale, a Petrobras e a Ambev somente com seu faturamento anual. Ainda sobrariam 70 bilhões de dólares no caixa para não perder a fama de liquidez alta.
O crescimento agressivo das receitas acaba resultando também no crescimento do lucro líquido da companhia. Ou seja, o resultado entre todas as receitas subtraídas de todos os custos da empresa.
Em 2009, o lucro era de R$6,5 bilhões e, hoje, já ultrapassam os R$76 bilhões de dólares por ano.
Para os investidores, o lucro importa muito. Afinal de contas, não adianta nada uma empresa ter uma enorme receita e não conseguir controlar os seus custos. Não sobraria nada no final do dia.
E, como vimos, o Google sabe lidar bem com as suas contas.
Quanto o Google paga em dividendos?
Para quem tem participação acionária em uma empresa, uma das formas de ganhar dinheiro é com o recebimento de dividendos. Ou seja, uma parte do lucro líquido da empresa que é distribuído na conta pessoal de cada acionista, em uma cifra proporcional a sua participação na empresa.
Apesar dos números impressionantes que acabamos de demonstrar, a empresa decide por não distribuir dividendos. Não somente o Google, mas outras empresas de crescimento agressivo como Tesla, Facebook e Amazon também não distribuem dividendos.
Isso invalida a tese de investir na empresa? Não.
Toda análise deve considerar a “floresta inteira” e não somente uma árvore. É preciso entender o contexto:
Ao investir em ações, são duas as formas de ganhar dinheiro: pagamento de dividendos ou crescimento da empresa (que resulta em aumento de preço das ações). Este último é muito conhecido como “equity” no mundo do empreendedorismo moderno.
O Google (Alphabet, na verdade) prefere reter todo o lucro para reinvestir em novos projetos de pesquisa e em aquisições de novas empresas. Essa é uma filosofia muito comum para empresas que se consideram em pleno crescimento.
Projetos de pesquisa do Google
Os setores de pesquisa do Google tem total liberdade para transformar novas ideias em realidade, “custe o que custar”. As vezes dá certo, as vezes não dá.
O projeto do YouTube é um grande exemplo de sucesso. Adquirido em 2006 pelo Google, se transformou na principal plataforma de streaming para te dizer “como fazer” qualquer coisa dessa vida. Hoje, é um dos principais canais de receita do Google.
Alguns outros projetos não deram tão certo assim. Os pesquisadores do Google chegaram a investir em projetos que parecem “loucos” demais no papel: lentes de contato inteligentes, balões de altitude para garantir conexão a internet e até um elevador para um espaço!
Como você deve saber por não ter ouvido falar, esses não foram tão bem sucedidos.
Para o Google, vale a tentativa. Eles entendem que daí pode sair uma grande tecnologia inovadora que vai trazer domínio de mercado em outras frentes. Existe até um prédio chamado “Google X”, um ambiente separado e focado somente nas invenções mais loucas possíveis. Totalmente financiado pela empresa.
Entende agora para onde vão os dividendos?
Dessa forma, você, como acionista, divide todos os riscos junto com a empresa. Tanto de dar errado, como de dar absurdamente certo e crescer bastante. O foco está totalmente no crescimento e na disrupção.
Afinal, devo investir nas ações do Google?
É preciso entender as oportunidades e os riscos.
Por ser uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, há uma tendência natural de estar exposta às grandes inovações tecnológicas que ainda estão por vir. Se acertadas e bem implementadas, podem gerar ainda mais receita e crescimento para a empresa.
Já se não forem bem implementadas… acabarão por gerar altos custos e baixo retorno. É um mercado de alto risco e de potencial agressivo de retorno. Assim funciona a vida de quem está à frente de grandes mercados, principalmente no de tecnologia.
Por outro lado, o Google já possui 91% de market share (participação de mercado) em ferramentas de pesquisa, que foi o seu principal nicho inicial. Normalmente, uma empresa dominante de seu mercado tem alta capacidade de geração de caixa, mas pouca possibilidade de crescimento, uma vez que já é grande dominante no mercado. É também um grande desafio para a empresa se manter lucrativa e no topo.
Trazendo para a realidade de cada investidor, é preciso entender se encaixa na estratégia pessoal de cada um. Você é uma pessoa disposta a ter uma projeção de longo prazo junto com a empresa para participar dos projetos futuros? Ou prefere pensar em mais segurança num prazo mais bem definido?
Como acionista, é importante estar alinhado com o horizonte de prazo da empresa.
E mais: não adianta ser uma ótima empresa a um preço caro demais.
Olhando somente para a métrica de preço sobre lucro (P/L), as ações do Google negociaram a uma média histórica de 30. Chegando a um patamar de 57 em 2017 e de 20 em 2022.
Agora é com você e sua estratégia de investimentos: vale a pena investir nas ações do Google?
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